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Capital

Audiência sobre a morte do delegado Paulo Magalhães é adiada

Filipe Prado | 06/02/2014 23:34

A audiência sobre o caso do assassinato do delegado Paulo Magalhães de Araújo, que deveria ocorrer amanhã (7), na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, foi adiada. O delegado foi morto em 2013 quando buscava sua filha na escola.

De acordo com assessoria de imprensa, a audiência foi cancelada “em razão de estar agendado um júri de réu preso na mesma data”. Na última audiência, no dia 18 de dezembro, foram ouvidas sete testemunhas de defesa de Antônio Benitez Cristaldo, 37 anos, e cinco de José Moreira Freires, 40.

No dia 20 de fevereiro, às 14h30, será realizada a audiência, onde o titular da vara, Aluízio Pereira dos Santos, ouvirá as seis últimas testemunhas de defesa, além de interrogar os dois acusados.

Caso - O advogado e delegado aposentado Paulo Magalhães de Araújo, 57 anos, foi executado no dia 25 de junho deste ano, em Campo Grande. O crime causou revolta de familiares, amigos e alunos da vítima, que ainda exercia a função de professor universitário. Seis meses após o fato, dois culpados foram denunciados. No entanto, os “mandantes” continuam impunes.

"Esta foi e é uma investigação complexa. O crime ocorreu praticamente no centro de Campo Grande, na porta de uma escola e que teve como vítima um professor, ex-delegado, advogado e pai de família, por isso tamanha repercussão social. Para nós, no entanto, a investigação de um homicídio é sempre a mesma, envolvendo certo risco", afirma o delegado Alberto Vieira Rossi, um dos responsáveis pela investigação.

Dias antes, Magalhães estava envolvido nas manifestações populares ocorridas na Capital, para pedir a aprovação da PEC 37, que limitaria o poder de investigação do Ministério Público. A vítima ainda finalizava a divulgação do seu livro “Conspiração Federal”, inclusive com a disponibilização gratuita pela internet. Ele, porém, logo depois recebeu a notícia de proibição dos downloads pela 15ª Vara Cível.

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