Polícia nega dossiê e ouviu 4 pessoas sobre morte de Paulo Magalhães
O delegado Edilson dos Santos Silva, da Delegacia Especializada em Homicídios, ouviu nas últimas horas quatro pessoas que tinham ligação com o delegado aposentado Paulo Magalhães, assassinado na última terça-feira.
Um dos depoimentos, na manhã de hoje, foi o da esposa da vítima, a defensora pública aposentada Cláudia Maria Rodrigues de Brito. A Polícia Civil não dá detalhes sobre a investigação, não identifica as outras 3 pessoas ouvidas, nem o que elas disseram sobre o caso.
O delegado também nega que exista algum dossiê, elaborado por Paulo Magalhães, que teria sido distribuído aos amigos por conta do risco de morte. “Isso é conversa fiada”, resumiu Edilson sobre informações repassadas ontem por colegas do delegado aposentado, durante o velório.
Já estão com a Polícia desde o dia do crime, imagens do circuito de segurança de uma loja de roupas infantis que fica ao lado da escola Feliz Idade, onde Paulo Magalhães estava à espera da filha, no momento da execução.
O vídeo mostra a movimentação na rua Alagoas, no horário de encerramento das aulas, mas segundo o delegado, não é muito esclarecedor. Além da execução ter ocorrido no fim da tarde, chovia no momento, o que dificulta a identificação de suspeitos. Uma motocicleta aparece no vídeo, “mas não dá para saber ainda se é a dos assassinos”, explica.
O diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Hazanauskas, também comentou o crime na manhã desta quinta, durante incineração de drogas em Campo Grande.
Ele avalia que é “difícil saber se a execução era algo pessoal, porque agora ele (Paulo Magalhães) não estava envolvido em nenhuma investigação”.
Sobre a segurança em Campo Grande, o diretor da DGPC assegurou à população que a cidade não vai se tornar um lugar violento como municípios na fronteira com o Paraguai.