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Capital

Cunhado de ex-secretário, preso em SP, é suspeito de ser "laranja" em empresa

Paulo Yafusso | 12/05/2016 17:10
Representantes da Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e Receita Federal falaram da segunda fase da Lama Asfáltica (Foto: Fernando Antunes)
Representantes da Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e Receita Federal falaram da segunda fase da Lama Asfáltica (Foto: Fernando Antunes)

O dono da empresa Terrasat Engenharia e Agrimensura, Flávio Henrique Garcia Scrocchio, foi preso temporariamente na Operação Fazendas de Lama, suspeito de ser “laranja”. Ele é cunhado do ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal Edson Giroto, também preso na operação. Ele foi preso em Tanabi, interior de São Paulo, e trazido para a Superintendência da Polícia Federal no fim da tarde de quarta-feira (11).

Segundo informou o superintendente da PF em Mato Grosso do Sul, Ricardo Cubas César, as informações e dados levantados até esta fase da investigação levantam suspeitas de que Flávio Henrique não seja o verdadeiro dono da empresa, por isso houve o cumprimento do mandado de busca e apreensão na empresa em Tanabi e a prisão temporária dele.

Pesquisa feita no site consultaSocio.com diz que Flávio Scrocchio é sócio em três empresas, sendo uma em Mato Grosso do Sul, a Gs Agropecuária, que tem como sede uma fazenda no Pantanal da Nhecolândia e que foi criada em setembro de 2014. Com capital social de R$ 7 milhões, a empresa tem como principal atividade a produção de soja. A sócia dele é Claudia Artenizia Giroto Scrocchio, irmão de Edson Giroto.

O advogado Valeriano Fontoura, que também atua na defesa de Flávio Garcia Scrocchio nesta investigação, afirmou que o empresário preso em Tanabi tem a Terrasat há 20 anos, por isso não existe nenhum fundamento a suspeita de que seja “laranja”. Fontoura defende também Giroto, a mulher dele, Rachel Giroto, e a ex-presidente da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), Maria Vilma Casanova, todos presos na Operação Fazendas de Lama. Rachel conseguiu autorização para cumprir a prisão temporária em regime domiciliar.

Sobre a empresa Sanches Tripoloni, segundo a PF, o mandado de busca e apreensão na sede da empresa em Maringá, tem como finalidade apurar a suspeita de “locação fictícia” de máquinas, segundo informou Ricardo Cubas. No site da empresa paranaense, consta que em Mato Grosso do Sul está a execução de implantação e pavimentação da rodovia estadual MS-112, em Inocência, a 339 km de Campo Grande.

A empresa é alvo de investigação na Lama Asfáltica também com relação a execução de obras na BR-359, entre Coxim e Alcinópolis. O advogado da Sanches Tripoloni, Jamil Josepetti, afirmou desconhecer o motivo do mandado de busca e apreensão e nega a participação dela em qualquer irregularidade. Afirmou ainda que, por ter muitas obras, ela costuma locar máquinas de outras empresas, mas não locar para outras empresas.

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