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Capital

Deco ouve 2 presos e aguarda laudo sobre envenenamento de agentes

Paulo Yafusso | 30/04/2016 16:00
Produto encontrado no café servido aos agentes foi levado para ser analisado (Foto: Divulgação Polícia Civil)
Produto encontrado no café servido aos agentes foi levado para ser analisado (Foto: Divulgação Polícia Civil)

A Polícia Civil ainda não tem pistas dos autores e nem do mandante do envenenamento de seis agentes penitenciários do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande na manhã do último dia 20. Laudo para identificar o produto usado na prática do crime ainda não ficou pronto e o resultado é tido pela polícia como importante para dar pistas de onde veio o produto.

Fontes ouvidas pelo Campo Grande News disseram que a indicação de que tipo de produto foi utilizado para envenenar os agentes será importante, por exemplo, para definir uma linha de investigação para identificar de onde esse material veio e assim descobrir quem teve acesso a ele. Dessa forma, elimina-se algumas possibilidades.

Por exemplo, se o princípio ativo é de um produto utilizado na cozinha para desinfecção, a apuração deve se concentrar no levantamento de quem tem acesso ou teve acesso ao setor onde fica esse produto, e assim identificar quem envenenou os servidores do Presídio de Segurança Máxima da capital.

As investigações apontam até agora, que o produto teria sido colocado no café, pois os agentes passaram a se sentir mal depois de tomarem o café da manhã. Em princípio o material encontrado no café se parece com um veneno usado para matar ratos, conhecido como “chumbinho”. O material foi recolhido pela perícia para análise.

A delegada Ana Cláudia Medina, titular da Deco (Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado) preside o inquérito. Nesta semana ela colheu os depoimentos de mais dois presos. Assim como os outros dois ouvidos no dia do crime, eles negam ter participação no envenenamento dos agentes. Eles trabalhavam na cozinha, na produção das refeições servidas no presídio.

A delegada também está analisando as imagens das câmeras do corredor que dá acesso à cozinha. Essas imagens foram mostradas a dois agentes, para verificar se eram eles que aparecem na passarela 2 do Presídio de Segurança Máxima. Ana Cláudia Medina pretende fazer uma reconstituição para esclarecer alguns pontos do que ocorreu no dia do envenenamento dos agentes.

A produção de refeições no presídio é feita por empresa terceirizada e no mesmo dia da ocorrência, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) determinou à empresa que não se utilize mais do trabalho dos detentos. Alguns deles trabalhavam na cozinha, pois pela legislação todo detento tem o direito a trabalhar durante o cumprimento da pena.

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