Detento é encontrado morto na Máxima e a suspeita é de assassinato
Adonias da Silveira Felipe, 33 anos foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (5), no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. Ele foi encontrado em circunstâncias que indicam suicídio, porém o Sindicato dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso do Sul afirma que a suspeita é de que ele tenha sido assassinado.
Conforme a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) por meio de sua assessoria de comunicação o preso foi encontrado pelos agentes penitenciários no raio 6. O interno estava enforcado com cordas artesanais, feitas de lençóis, presas à janela.
Um procedimento interno foi aberto para apurar as circunstâncias da morte. O local foi isolado e a perícia técnica da Coordenadoria Geral de Perícias foi chamada para os levantamentos necessários e coleta de provas. O caso também será investigado pela Polícia Civil.
Assassinato - Segundo o sindicato, foi descoberto que a cela, 413 estava serrada e nove internos tiveram acesso a cela 408. O fato pode indicar que os detentos executaram Adonias e ainda forjaram seu suicídio.
Os nove detentos que podem estar envolvidos na morte de Adonias são: Diogo Alves da Silva; Fernando Benedito Monteiro; Huldson Pereira de Souza; Jaqueson Tales Martins Borges; Nilson Queiroz Santana; Thiago da Silva Firmino Padilha; Waldineiy Gamarra Boabaid da Silva; wellingyon ribeiro da Silva e Wesley Barbosa Lima. Nenhum deles teve a idade ou o crime que responde revelados pelo sindicato.
A suspeita é de que para assassinar o interno, os presos também serraram a cela que dava acesso ao corredor e arrebentaram o cadeado. Os presos estão com escoriações por passarem por um espaço pequeno, referente ao tamanho da grade.
Cerca de cinco presos estão levemente machucados e um precisará de atendimento medico devido o corte ter sido profundo. O que pode prejudicar as investigações é que no setor o vídeo monitoramento não está funcionando.
Indignação - Para o sindicato a morte do denteto "é um absurdo e muito grave". Os detentos suspeitos de estarem envolvidos com o assassinato tiveram acesso ao corredor de um setor de isolamento da máxima. "Eles demonstram poder perante outros presos o que fica claro que eles podem fazer isso quando quiserem. O fato amedronta outros presos, e provavelmente esse detentos que estão isolados por motivo de segurança irão solicitar remoção da máxima, o que cria instabilidade e demonstra fragilidade do Estado em controlar a criminalidade", afirma o órgão por meio de sua assessoria de comunicação.
Julgamento - Ainda conforme o sindicato, a ação de sair das celas acontecem com frequência. Os internos saem das celas para orquestrar crimes, determinar julgamento e executar presos.
Histórico - Adonias estava preso desde o dia 17 de setembro de 2012, por furto. Ele já passou pela Penitenciária Estadual de Dourados e no Instituto Penal de Campo Grande, de onde foi transferido e, na Máxima, estava desde setembro deste ano. Ele também já possuía passagem anterior por trafico.
* Matéria editada às 12h32 para acréssimo de informações