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Capital

Diretor e adjunto suspeitos de assédio moral são afastados

Francisco Rojas e Carlos Xavier foram suspensos das funções por prazo de 30 dias, conforme resolução estadual

Silvia Frias | 05/07/2023 09:31
Escola Cívico-Militar Prof. Alberto Elpídio Ferreira Dias (Professor Tito), localizada no Jardim Anache. (Foto/Divulgação)
Escola Cívico-Militar Prof. Alberto Elpídio Ferreira Dias (Professor Tito), localizada no Jardim Anache. (Foto/Divulgação)

O diretor da Escola Estadual Professor Alberto Elpídio Ferreira Dias, Francisco Carlos da Silva Rojas, e o adjunto, Carlos Leonardo Machado Xavier, foram afastados, por 30 dias, por decisão da SED (Secretaria Estadual de Educação). Os dois estão sendo investigados após denúncias de assédio moral contra alunos e funcionários.

A resolução da SED foi assinada pelo titular da pasta, Helio Queiroz Daher. Conforme justificativa publicada no Diário Oficial do Estado, o afastamento foi baseado no artigo 250 da Lei 1.102/1990, que dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo, das Autarquias e das Fundações Públicas de MS.

No artigo, consta que o afastamento é necessário para a apuração dos fatos, podendo ser estendido até 90 dias. Depois desse prazo, a suspensão é cancelada, mesmo que o processo disciplinar não tenha sido concluído.

Pais de alunos fizeram manifestação em favor dos diretores, em junho. (Foto/Arquivo)
Pais de alunos fizeram manifestação em favor dos diretores, em junho. (Foto/Arquivo)

A reportagem não conseguiu contato com Rojas e Xavier. Os dois estavam na direção da instituição desde outubro de 2022 e faziam parte do quadro de funcionários desde que a escola, também conhecida como Prof. Tito, foi inaugurada e começou a funcionar, em 2020.

Denúncias - A investigação da SED chegou ao Campo Grande News em junho. Xingamentos, humilhações e ameaças estão entre atitudes que são atribuídas tanto ao titular quanto ao adjunto.

Conforme o relato recebido pela reportagem, os supostos atos de assédio moral eram cometidos desde 2021, especialmente pelo diretor, conhecido como Professor Rojas. Ele seria autor de piadas, humilhações, deboches e maus-tratos, além de criar apelidos depreciativos tanto para professores quanto para funcionários.

Uma ex-aluna, que preferiu não se identificar por medo de retaliações, procurou a reportagem dizendo ter testemunhado situações que impactaram a saúde física e emocional dos estudantes.

"Os alunos devem ficar em pé por 20 minutos sem se moverem, em uma quadra com telhado de zinco. Quantos e quantos alunos já passaram mal durante esses eventos! Fora o dia que tínhamos que ir de farda e éramos obrigados a ficar com o casaco, independentemente do clima", narrou a ex-aluna à reportagem.

Naquele mês, grupo de cerca de 30 pessoas, formada por pais e mães de alunos, fez manifestação em frente à escola, em favor ao Professor Rojas e Xavier.

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