Dois anos após matar Rogerinho, Agnaldo pega 14 anos de prisão
Jornalista foi condenado, também, por três tentativas de homicídio, contra irmã, tio e avô do menino
O jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves, de 62 anos, foi condenado, nesta tarde, a 14 anos, 5 meses e 9 dias de prisão, por cinco crimes cometidos no dia 18 de novembro, quando ele matou o menino Rogério Pedra, na época com 2 anos, em uma briga no trânsito.
Além de ser considerado culpado por homicídio simples, pela morte do menino, o jornalista foi condenado por três tentativas de homicídio, contra a irmã do menino, o avó dele e o tio de Rogerinho. O quinto crime é o porta ilegal da arma com que o jornalista atirou no carro em que os 4 estavam.
“Me alivia a alma”, definiu a avó de Rogerinho, Adriana Pedra, ao comentar a sentença. “Ele foi condenado pelo crime que cometeu, ele matou meu neto.
São 14 anos da vida dele que ele vai ficar em função disso”, declarou.
O juiz Alexandre Ito, que definiu a pena a partir da condenação pelo júri, leu a sentença após cerca de 7 horas de júri.
A maior pena foi para o homicídio de Rogerinho, de 9 anos e 4 meses. A pena-base, a partir da qual o juiz aplica a sentença, foi aumentada neste caso por dois fatores, a idade de Agnaldo e os prejuízos que ficaram para a irmã de Rogerinho, uma criança, que assistiu tudo.
O juiz explanou que, com 60 anos na época do crime, Agnaldo “tinha experiência e serenidade para não se envolver em fatos como esse”.
Sobre o efeito causado na menina, relatou que ela ficou com problemas psicológicos, a ponto de, em um acidente de carro sofrido depois, ficar descontrolada e perguntar se o jornalista não viria “atirar”.
Tio contribuiu-Para as tentativas de homicídio, a foi aplicada uma pena diferente para crime envolvendo o tio de Rogerinho, Aldemir Pedra.
O juiz reduziu a pena, que poderia ser de 4 anos, para 2 anos, por entender
que o rapaz, com quem Agnaldo discutiu no trânsito, contribuiu para tudo que ocorreu.
O jornalista foi punido, ainda, com 2 anos de pena, por porte ilegal de arma.
Ele está preso e, com a condenação, vai continuar, até atingir o tempo de progressão para o regime semi-aberto, pelo menos um sexto da pena.