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Capital

Dois são absolvidos por fornecer medicamento para aborto em adolescente

Caso aconteceu em março de 2020 e em agosto deste ano jovem confessou ter abortado por vontade própria

Ana Paula Chuva | 27/10/2022 12:49
Acusados passaram por julgamento nesta quinta-feira, 27 de outubro. (Foto: Henrique Kawaminami | Arquivo)
Acusados passaram por julgamento nesta quinta-feira, 27 de outubro. (Foto: Henrique Kawaminami | Arquivo)

Mais duas pessoas foram absolvidas de envolvimento no aborto provocado em uma adolescente de 17 anos. Nesta quinta-feira (27), foram a julgamento a enfermeira de 44 anos e o suposto vendedor do Cytotec, identificado como “Fefe da Pedra”, de 40 anos. Eles foram acusados pelo crime de tráfico ilícito de entorpecentes.

Na denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), consta que a consultora descobriu a gravidez da filha, no dia 7 de março de 2017. A mãe da jovem então procurou o pedreiro, amigo da família, que com a ajuda de uma enfermeira recorreu a um traficante, com quem compraram pílulas do medicamento abortivo Cytotec.

Já na segunda tentativa, a jovem abortou e o feto foi enterrado no quintal da casa da família, com ajuda do pedreiro. O caso foi descoberto depois que a jovem contou para o namorado o que havia ocorrido.

Em agosto deste ano, a mãe da jovem e o pedreiro foram absolvidos pelo Conselho de Sentença após a garota, hoje com 22 anos, afirmar durante o julgamento que abortou por vontade própria .

Já o júri da enfermeira e de “Fefe da Pedra”, ambos acusados de terem fornecido o medicamento para o aborto, foi realizado nesta quinta-feira, também na 1ª Vara do Tribunal do Juri. Na sentença assinada pelo juiz, Carlos Alberto Garcete, fica justificado que o Conselho de Sentença acatou a pretensão acusatória e decidiu absolver os dois.

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