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Capital

Dona de papagaio que morreu no Cras pede indenização de R$ 80 mil

No processo consta que o animal foi apreendido pela Polícia Militar Ambiental e morreu 28 dias depois

Izabela Cavalcanti | 11/03/2023 15:58
Dona de papagaio que morreu no Cras pede indenização de R$ 80 mil
Maria de Lourdes chora antes de ter o papagaio levado, enquanto policiais militares aguardam na porta da casa (Foto: Arquivo pessoal)

A aposentada Maria de Lourdes, de 61 anos, entrou com ação judicial contra o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) pedindo indenização de R$ 80 mil, após alegar que seu papagaio chamado Guri, foi apreendido e morreu no Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres).

Em julho de 2019, Maria foi denunciada com suspeita de estar comercializando o animal, que foi apreendido pela PMA (Polícia Militar Ambiental) na casa onde ela mora, no Jardim Panorama.

No entanto, ela nega a versão e diz que a ave vivia com ela há mais de 22 anos e que tinha recebido de presente de um amigo. Na ocasião, ela desmentiu e pediu que o Guri ficasse.

Conforme consta no processo, 28 dias depois de ser levado ao Cras, o animal morreu, e Lourdes só teria sido avisada após 1 ano e 7 meses.

Dona de papagaio que morreu no Cras pede indenização de R$ 80 mil
Maria chora ao lembrar de papagaio que morreu no Cras, 28 dias após ser apreendido (Foto: Henrique Kawaminami)

Maria diz que a convivência com o papagaio era um tipo de terapia, já que ela é hipertensa, tem depressão e sofreu de parada cardiovascular. Depois do ocorrido, Maria diz que a saúde piorou ainda mais.

“Acredito que o Guri tenha morrido de tristeza, em ter ficado longe de mim. Eu cuidava como um filho. Eu sinto muita falta dele aqui. O Guri dormia comigo, era como um filho. Espero por justiça pelo que fizeram comigo. Vou conseguir justiça, se Deus quiser”, enfatiza.

Na ação consta também que Maria precisou passar por sessões com psicólogo após o ocorrido.

A ação é referente a reparação de danos materiais cumulada com indenização por danos morais por acidente, alegando a morte do animal e a demora por comunicar.

A reportagem entrou em contato com a assessoria do Imasul em busca de um posicionamento e até a publicação desta reportagem não obteve resposta. O espaço segue aberto.

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