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Capital

"Ele era o alicerce", diz esposa de motorista de aplicativo em júri de assassino

Rafael Baron, 24 anos, foi morto a tiros na noite do dia 13 de maio de 2019; autor disse que agiu por ciúmes

Kerolyn Araújo e Bruna Marques | 17/11/2020 09:10
"Ele era o alicerce", diz esposa de motorista de aplicativo em júri de assassino
Karinne Pereira Baron, 26 anos, esposa de Rafael. (Foto: Marcos Maluf)


Um ano e seis meses após matar a tiros o motorista de aplicativo, Rafael Baron, 24 anos, em frente a um condomínio no Jardim Campo Nobre, em Campo Grande, está sendo julgado nesta terça-feira (17), na 1ª Vara do Tribunal do Júri, Igor César de Lima Oliveira, 24 anos.

Ao Campo Grande News, a esposa de Rafael, Karinne Pereira Baron, 26 anos, disse que os dias que antecederam o julgamento foram os mais difíceis, mas que espera que a justiça seja feita. "Está sendo muito difícil. Ontem tive bastante crise de choro em lembrar dos momentos. Não está sendo fácil, eu quero que a justiça seja feita. Ele era o alicerce essencial do nosso lar", comentou.

Segundo a comerciante, a condenação de Igor vai trazer mais consolo para a família. "Que o juiz possa realmente trazer uma pena mais dura, mais severa. Dez, 20 anos, não vão trazer o Rafael de volta, mas ele (Igor) vai aprender que não se tira a vida de ninguém por nada. Ouvir a sentença do juiz seria algo importante para mim", ressaltou.

Mesmo sem poder acompanhar o júri devido às medidas de biossegurança por causa da covid-19, Viviane de Lima Vieira, 38 anos, mãe de Igor, foi ao Fórum nesta manhã. À reportagem, ela contou que está há 8 meses sem ver o filho, que aguardava julgamento no Estabelecimento Penal Jair Ferreira De Carvalho, o presídio de Segurança Máxima.

"Ele era o alicerce", diz esposa de motorista de aplicativo em júri de assassino
 Igor César de Lima Oliveira, 24 anos, assassino de Rafael. (Foto: Arquivo/Clayton Neves)


"Ele tem dois filhos, um de 6 anos e um bebê de 10 meses, que ainda nem conhece. Igor sempre foi trabalhador. Destruiu não só a família do motorista, mas a dele também", desabafou.

Hoje, Viviane espera que o filho receba uma sentença justa pelo crime que cometeu. "Eu quero que a justiça seja feita, mas que seja justa. Ele tirou a vida de um ser humano, mas o que fazem a respeito desse caso é como se ele fosse um monstro", disse.

O crime - O motorista de aplicativo foi assassinado a tiros por Igor, que estava foragido do sistema prisional, na noite do dia 13 de maio de 2019. Segundo a Polícia Civil, Igor teria ficado com ciúmes, somente porque o rapaz conversava com a esposa do suspeito durante o trajeto e fez três perguntas.

Igor se apresentou à polícia três dias depois do assassinato, confessou o crime e foi autuado por homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.

O réu confesso já respondia processo em regime aberto por roubo. Pelo homicídio, não teve a prisão pedida pelo promotor do caso, José Arturo Iunes Bobadilla, e nem decretada pelos juízes (tanto o magistrado que analisava o crime de homicídio, Carlos Alberto Garcete, quanto por Albino Coimbra Neto, fiscalizador do cumprimento da pena pelo roubo).

O réu acabou fugindo em outubro do mesmo ano e foi preso quatro meses depois.

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