“Justiça começa a ser feita”, diz viúva de motorista de aplicativo em audiência
Igor César de Lima Oliveira, que matou o motorista de aplicativo Rafael Baron, será submetido a interrogatório nesta quarta-feira
Para Karinne Pereira Baron, viúva do motorista de aplicativo Rafael Baron, a primeira audiência sobre o homicídio do marido dela, realizada nesta terça-feira (19), representa que a “Justiça começa a ser feita”. Esta é a primeira vez que o assassino confesso Igor César de Lima Oliveira vai comentar sobre o caso na presença do juiz.
Antes do início da audiência, a comerciante conversou com a imprensa e disse ter vivenciado um período muito triste desde o assassinato do marido dela e fuga do suspeito. “A impunidade estava assombrando nossa família, mas graças ao Pai Celestial ele está preso”, diz, se referindo a Igor.
No dia 13 de maio do ano passado, Igor matou o motorista de aplicativos com dois tiros. O crime aconteceu depois de Rafael Baron ter buscado Igor e a mulher dele na Upa (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon e deixar os dois no Condomínio Reinaldo Buzanelli II, no Jardim Campo Nobre.
Igor estava foragido do sistema prisional quando cometeu o crime e se apresentou à polícia três dias depois. Na ocasião, ele alegou ter agido porque ficou com ciúmes da mulher.
A prisão dele pelo homicídio não foi decretada neste dia e ele voltou para a prisão para cumprir pena pelo crime anterior. Pouco depois, conseguiu o benefício da progressão de regime e aproveitou para fugir.
O pedido de prisão pelo homicídio só ocorreu 100 dias depois da morte de Rafael. Igor foi recapturado no dia 9 de fevereiro e, só a partir desse momento, a viúva do motorista de aplicativo começou a ficar mais tranquila.
“Que ele possa responder pelo crime que cometeu. Que pague por tudo isso e quem sabe daqui uns anos possa sair e melhorar, mas por enquanto nós queremos que pague pelo que ele cometeu”, declara Karine.
Ela também deve ser ouvida pelo juiz sobre o caso na tarde desta quarta-feira (19), mas já comemora o andamento do processo. “Até agora não estava conseguindo dormir direito. Estava muito nervosa, muito ansiosa. Agora estou aliviada em saber que a justiça começa a ser feita hoje”, diz.
A comerciante reforça que esse desejo por Justiça não tem relação alguma com vingança. “Acho que vingança não leva ninguém a nada, mas a justiça, sim”, finaliza.