Defesa pede absolvição de assassino de motorista de app por falta de provas
Apesar da confissão na fase do inquérito policial, defensoria alega que nada prova que Igor Cesar de Oliveira cometeu crime
Em linha preliminar de defesa, a Defensoria Pública Criminal alegou que não há provas concretas contra Igor Cesar de Lima Oliveira, 22 anos, acusado de matar a tiros o motorista de aplicativo Rafael Barton, em maio de 2019. Por isso, pediu a absolvição sumária ou, não sendo possível, a impronúncia, para que ele não seja levado a julgamento.
Igor foi recapturado no dia 9 de fevereiro, após quatro meses foragido, depois que foi beneficiado com progressão de regime por outro crime. Sem mandado de prisão pelo homicídio mais recente, saiu e não voltou mais para cumprir o resto da pena.
O defensor Gustavo Henrique Pinheiro Silva disse que a inocência do réu será provada durante a instrução criminal e, por isso, pediu a produção de prova oral por meio do interrogatório de quatro testemunhas, entre elas, a esposa de Igor. Antecipadamente, pediu a substituição ou a inserção de novas testemunhas a partir do depoimento do acusado, previsto para dia 19 de fevereiro.
Crime – no dia 13 de maio de 2019, Rafael Baron atendeu chamado para buscar casal na UPA (Unidade de Pronto Atendimento Comunitário) do Jardim Leblon, com destino ao Residencial Reinaldo Buzanelli, no Jardim Campo Nobre. Era Igor e a esposa, à época, grávida de quatro semanas.
Em depoimento, a esposa de Igor disse que o motorista perguntou o que tinha acontecido com ela, já que usava uma tipóia no braço. Ela respondeu que sofreu acidente e ele questionou se foi de motocicleta. Depois disso, a conversa se encerrou.
A mulher lembrou que Rafael perguntou a Igor, que estava no banco de passageiro, se o endereço de destino estava correto, mas o rapaz não respondeu. Por isso, ele se voltou para a mulher, que o direcionou sobre o endereço.
Depois disso, ao tentar pagar a conta foi para casa para buscar o troco, enquanto Igor já tinha entrada. Porém, ele voltou armado e atirou em Rafael.
Ao se entregar, três dias após o crime, Igor apresentou outra versão, dizendo que Rafael teria dito a seguinte frase: “Friozinho bom para dormir, né? Fazer amorzinho gostoso”.
Na fase de investigação, Igor confessou o crime, dizendo que ficou louco, pedindo desculpas, “mas agora já foi feito”.