Em data especial, 52 já doaram sangue só nas primeiras horas no Hemosul
No Dia Mundial do Doador de Sangue, meta é atingir o máximo de doações
No Dia Mundial do Doador de Sangue, 52 pessoas já procuraram o Hemosul nas primeiras horas desta sexta-feira (14). O atendimento segue no período da tarde e até lá o dia promete ser intenso para quem diariamente lida com a baixa procura da população.
Na recepção do Hemosul, o casal Marcelo Lima, de 51 anos e Luciana Pereira, de 43 anos, preenchiam a ficha de triagem. Servidores públicos, eles já estão familiarizados com o processo, pois a cada quatro meses tiram um tempo para fazer a doação.
Marcelo é doador há 20 anos e Luciana há 1 ano e meio e ambos sempre se programam para ir juntos ao local. O servidor público comenta que o gesto simples ajuda quem mais precisa. “Em uma doação você tem a possibilidade de ajudar quatro pessoas. Nós já tivemos amigos que precisaram e tivemos que realizar mutirões. A Luciana por exemplo é um exemplo de persistência”, conta.
Devido a veia mais profunda e um ‘pouquinho’ torta, ela relata que sempre quis doar, mas a equipe encontrava dificuldade em conseguir fazer a coleta. Para a alegria de Luciana isso mudou há 1 ano e meio atrás.
“Eu sempre tentei doar até que vim ao Hemosul e conheci uma enfermeira que conseguiu fazer a doação. O dia que consegui sai muito feliz até me emocionei porque era meu sonho”, afirma.
Alegria semelhante é compartilhada por Adriana Morandi, de 32 anos, que hoje está doando sangue pela primeira vez. Em razão das férias, a assistente de laboratório aproveitou o dia livre para fazer a coleta. “Sempre vejo que estão precisando e por isso vim. Alguns anos atrás tentei doar sangue, mas não consegui”, diz.
Com ou sem férias, Osmar Aparecido de Souza, de 50 anos, sempre dá um jeito de contribuir com a causa. Doador de sangue há muitos anos, ele manteve o hábito por toda as cidades em que morou e agora segue fazendo igual em Campo Grande.
Ele usou a manhã desta sexta-feira para repetir o ato e mais tarde irá trabalhar. Em poucas palavras, Osmar explica o motivo de ser tão importante contribuir. “Doar sangue é um ato de ajudar o próximo, é um ato de vida.
Estoque crítico - No momento, o Hemosul está com estoque crítico, principalmente, da tipagem O+. O cenário é motivo de preocupação para servidores, como a responsável pelo setor de captação do Hemosul, Lucélia Maria Fernandes.
“Nossa preocupação em relação a isso é porque a maior parte da população possui sangue O+. O nosso corpo estratégico para poder ter condições de atender na semana deveria ter 245 unidades (bolsas de sangue) e hoje temos 77”, explica.
Levantamento feito pelo Hemosul entre 1º de janeiro até 4 de maio aponta que 10.400 coletas foram feitas, porém o número ainda não tem sido suficiente para suprir a demanda. Por dia, o Hemosul tem capacidade para atender 200 pessoas, mas a média diária de atendimento é 100 pessoas.
Até hoje, segundo a coordenadora, a meta de 200 atendimentos nunca foi alcançada e o máximo que já chegou foi em 197. Mesmo a doação levando de quatro a sete minutos nem todo mundo reserva tempo para ir ao local.
Para doar sangue é necessário comparecer à unidade de coleta com documento oficial com foto e ter entre 16 e 69 anos. No caso dos menores entre 16 e 17 anos é necessário estar acompanhados pelo pai, mãe ou responsável legal. Outro critério é pesar 51 kg ou mais e estar bem alimentado e hidratado para realizar a doação.
O Hemosul está localizado na Avenida Fernando Corrêa da Costa, 1304, Centro. O atendimento é de segunda a sexta, das 7h às 17h. No primeiro e terceiro sábado do mês, a unidade funciona de 7h às 17h e nos demais sábados até 12h.
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