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Capital

Em dois meses, prefeitura diz que tapou 36,2 mil buracos, faltariam 213 mil

Flávio Paes | 17/01/2016 19:00
Buracos se multiplicam mesmo com a "operação" iniciada em novembro (Foto;Marcos Erminio)
Buracos se multiplicam mesmo com a "operação" iniciada em novembro (Foto;Marcos Erminio)
Buracos  estão na cidade inteira e comprometem manutenção dos veículos (Foto:Marcos Erminio)
Buracos estão na cidade inteira e comprometem manutenção dos veículos (Foto:Marcos Erminio)
Motoristas enfrentam dificuldades para transitar nas ruas esburacadas (Foto:Marcos Erminio)
Motoristas enfrentam dificuldades para transitar nas ruas esburacadas (Foto:Marcos Erminio)

Conforme balanço divulgado pelas redes sociais, de 11 de novembro até a semana passada, 36.200 buracos foram tapados em 1.064 ruas da malha viária de Campo Grande. O serviço foi feito por equipes de seis empreiteiras contratadas e uma sétima formada por funcionários da Secretaria de Infraestrutura. Restariam ainda 213.800 buracos para ser tapados.  

Embora pareça muito, sem considerar os buracos que apareceram e aquelas que reapareceram (por conta do período de chuva ), estas crateras fechadas representam só 14,48% buracos dos estimados 250 mil buracos que existiam quando o serviço foi lançado pelo prefeito Alcides Bernal.

O serviço (que em muitas ruas terá de ser refeito) ao término deste mês terá custado aos cofres públicos, R$ 6 milhões, R$ 2 milhões por mês, 10% dos R$ 20 milhões que se gastava até 2012.

Conforme fontes da própria Secretaria de Infraestrutura, como agora não receberam, as empresas , as equipes foram reduzidas pela metade, de 12 para 6, distribuídas em seis regiões urbanas da cidade, uma por região, ao invés de duas,conforme estava planejado inicialmente.

Foram aproveitados contratos antigos e em vigência.Com isto estão fazendo o serviço a Wala (atende a região do Segredo), Diferencial (atende a região do Bandeira), Pavitec (atende a região do Lagoa), Gradual (região do Anhanduizinho) e Selco (região do Centro). Uma equipe da prefeitura atende o serviço na região do Prosa.

De acordo a Prefeitura, foi montada uma equipe de fiscalização com 29 pessoas, entre engenheiros, tecnólogos e estagiários que acompanha as equipes das empresas e da prefeitura, fiscalizando o trabalho e fazendo os relatórios para prestação de contas.

Mesmo com todo este aparato, com raras exceções, as ruas de Campo Grande se transformaram num autêntico queijo suiço, tantos são os buracos que se multiplicam pelos 2.500 quilômetros da malha viária pavimentada .

Motoristas, motociclistas e até ciclistas, precisam fazer malabarismos para conseguir ultrapassar as crateras que depois desta temporada de chuvas, só aumentaram.

Na opinião do secretário-adjunto de Infraestrutura, o tapa-buraco é um paliativo, porque boa parte do pavimento de Campo Grande tem mais de 10 anos e a solução seria o recapeamento.

Parada
Uma das primeiras medidas que Bernal adotou quando voltou ao cargo no dia 25 de agosto, foi suspender o tapa-buraco em 10 de setembro. O pretexto era um déficit de R$ 30 milhões. De forma paliativa, no dia 16 de setembro, uma única equipe foi colocada pela Seintrha para atender toda a cidade. A estratégia não deu certo e a “buraqueira” tomou conta das vias urbanas. O prefeito tentou, sem sucesso, que o Exército assumisse o serviço. Foi então que Bernal, voltou a recorrer a antigas prestadoras de serviço de tapa-buraco.

O balanço do tapa-buraco
Novembro
11.923 buracos fechados
Uso de 929,17 tonelada de massa asfáltica
7.433,36 metros quadrados
Serviço feito 310 ruas
 Dezembro
21.699 buracos fechados
Aplicação de 1.976,47 toneladas de CBUQ
15.811.76 metros quadrados
Serviço feito em 754 ruas s

Primeira semana de janeiro

2.638 buracos
301,70 toneladas de CBUQ
2.413,6 metros quadrados
Total - 36.200 buracos tapados -

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