Em plena expansão imobiliária, Avenida Lúdio Coelho já ganhou 6 loteamentos
Ao longo dos últimos 10 anos, metro quadrado na região subiu para R$ 4,5 mil

Região antes tomada por enormes terrenos baldios, a extensão da Avenida Prefeito Lúdio Martins Coelho se transformou ao longo dos últimos 10 anos, com comércio e agora loteamentos. Com acesso facilitado ao Centro de Campo Grande, atualmente, os padrões residenciais se elevaram e para adquirir uma casa com acabamento médio, tem de desembolsar pelo menos R$ 4.500/m². Ou seja, uma casa de 100m², sairia R$ 450 mil.
Quem quiser investir só em um terreno, dentro de um condomínio fechado, terá de desembolsar a partir de R$ 800/m², o que para área básica de 12x30, R$ 288. Contudo, quanto maiores os benefícios, maior o custo, como energia elétrica embutida, obras de esporte e lazer, guarita, piscina, academia, entre outros.
O presidente do Secovi (Sindicato da Habitação), Geraldo Paiva, explicou que a abertura da Avenida Prefeito Lúdio Martins Coelho foi essencial para valorização do setor imobiliário em toda região. Cerca de seis grandes loteamentos foram aprovados desde 2012.
"Trouxe valorização e ocupação em quase toda extensão (da avenida). Além do rápido acesso a região central da cidade, houve muitos investimentos públicos e privados na região. Grandes áreas não ocupadas no entorno da avenida. Os loteamentos levaram toda infraestrutura de obras civis, garantindo uma ampla e imediata ocupação tanto residencial, como de comércio e serviços. Quando a procura por imóveis aumenta, a valorização vem na sequência ", enfatizou.
Dez anos atrás, os empreendimentos imobiliários não exigiam estruturas básicas, como energia, esgoto, galeria de águas pluviais, iluminação pública e pavimentação, por isso, os preços eram mais acessíveis. Quando os novos loteamentos começaram a ser comercializados com estas especificidades, a região ficou valorizada.
O corretor de imóveis Luiz Leite participou das vendas de uns dos grandes loteamentos, o Rancho Alegre, comercializado em 2017. Na época, o lote mais caro era R$ 56 mil, variando de acordo com a localização dentro do loteamento.
"A procura pelos terrenos era muito grande. Eram vendidos parcelados, um perfil de cliente que é o que está saindo do aluguel, a parcela cabe no bolso dele, que equivale ao valor do aluguel. Mas aí ele tem uma propriedade dele, vai construindo conforme a necessidade", explicou.
Leite aponta que ainda existem diversas zonas vazias no local, chácaras que podem ser transformadas em áreas habitadas. Por isso, a expectativa é que a região cresça cada vez mais, e rápido.
"Ainda vai crescer muito. Já teve uma grande valorização ali, mas não está no ápice ainda não, acredito que vá valorizar ainda mais. O motivo é porque está crescendo muito, em todos os sentidos. A região sempre foi carente de asfalto, rede de esgoto, e esses loteamentos novos estão trazendo isso, resgatando pessoal para a região", disse.
Atualmente, Leite ainda investe no local. Apesar de não ser através de loteamento, está intermediando a venda de uma área de 15 mil m², por cerca de R$ 2 milhões.
O loteamento mais recente lançado na região, o Residencial Ubatuba, no Bairro Tijuca, vende lotes com parcelas a partir de R$ 888. Só na pré-venda, foram mais de 3 mil pessoas inscritas para comprar um dos 265 lotes, informou a corretora responsável.
Na avaliação da empresa, a região se tornou atrativa por ser "perto de tudo", inclusive, frase que se tornou o lema do residencial. O projeto demorou quatro anos para ser aprovado e deve ser concluído em 18 meses, quando será entregue com rede de água, de esgoto, de energia e asfalto.