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Em um ano, Estado tem a quarta maior taxa de stalking contra mulheres no Brasil

Índice subiu de 64,4 para 96,3, aumento de 42%, de 2021 a 2022; violência psicológica também aumentou

Natália Olliver | 20/07/2023 16:10
A perseguição ou staking pode acontecer tanto de forma presencial como virtual (Foto: Henrique Kawaminami)
A perseguição ou staking pode acontecer tanto de forma presencial como virtual (Foto: Henrique Kawaminami)

O cenário de violência contra a mulher aumentou expressivamente no país entre os anos de 2021 e 2022. O cenário regional não escapa do panorama. Um exemplo claro disso é a posição que Mato Grosso do Sul ocupa no ranking de estados com maior taxa de perseguição (stalking) contra mulheres. Ele está na quarta colocação, perdendo apenas para o Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Amapá. O crime pode acontecer tanto de forma presencial como virtual.

Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (20). A pesquisa é baseada no relatório “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil". Quanto ao cenário nacional, o país teve aumento de 74% no período analisado.

O crime é fator de risco para a ocorrência de feminicídios, isso porque é apontado como meio facilitador de controle e violência psicológica. De acordo com o anuário, dos 141 feminicídios e 65 tentativas de feminicídio, 76% das vítimas de feminicídio e 85% das vítimas de tentativa de feminicídio sofreram perseguição do agressor nos 12 meses que antecederam a ocorrência. A informação é ancorada por uma pesquisa feita na Austrália.

Falando em violência psicológica, essa tipificação de crime contra mulheres aumentou 175% entre os anos de 2021 e 2022. A taxa saiu de 10,4 para 28,7 em Mato Grosso do Sul. Apesar do crescimento, o Estado tem a nona menor taxa nesta categoria, 28,7. Quem ocupa a primeira colocação é Roraima com 1468,2.

Vale lembrar que a ameaça feita na violência psicológica é uma das formas que o agressor encontra de exercer controle sobre a mulher. O ato, muitas vezes camuflado, causa dano emocional, limita ações, causa medo e até distorção da realidade.

No país, em 2021, foram 24.382 boletins de ocorrência feitos com essa tipificação, com taxa de 35,6 mulheres por grupo de 100 mil habitantes. O estudo descarta oito Unidades Federativas que não enviaram os dados sobre o crime.

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