Empresa lacrada por falso consórcio é flagrada aberta pela Polícia Civil
Empresa foi fechada na investigação e não deveria funcionar; duas pessoas vão responder por desobediência
Equipe da Decon (Delegacia Especializada do Consumidor) voltou a vistoriar sala comercial onde funcionava empresa de consórcio, que havia sido lacrada na semana passada e foi reaberta hoje, indevidamente. As empresas já são alvo de operação da Polícia Civil que apura o golpe em que as empresas vendiam carta de crédito contempladas, mas não entregavam os bens.
O lacre que impedia o funcionamento foi colocado pelo Procon, na semana passada, durante operação da Polícia Civil que investiga a ação dos golpistas na venda do falso consórcio.
Hoje, a Decon voltou ao escritório que funciona no 7º andar de prédio comercial na Avenida Afonso Pena, próximo da Rua 14 de Julho. Duas viaturas da Polícia Civil estão no local. O titular da Decon, Reginaldo Salomão, disse que duas pessoas serão conduzidas à delegacia e vão responder por crime de desobediência, por rompimento do lacre. O Procon voltou a lacrar a sala do prédio comercial. "São os líderes, a gente lacrou e eles abriram", explicou.
Golpe - Os estelionatários agem da seguinte forma: alugam salas por hora, captam vítimas pelo Facebook e market place. Eles divulgam financiamento de veículos e imóveis. A pessoa se interessa nesses produtos e entram em contato.
O cliente, então, acaba sendo ludibriado, leva documentos, fecha negócio e dá tudo o que tem de entrada, pois acredita que vai adquirir carta de crédito já contemplada. Os estelionatários dão sete dias para o cliente sacar o dinheiro. Como o valor prometido não sai, a pessoa acaba voltando na empresa, mas é enganada novamente até os criminosos conseguirem mudar de região e nunca mais serem vistos.