Empresária procura polícia depois do ex cobrar pensão para deixá-la em paz
A mulher chegou a entregar uma caminhonete Ford Ranger e mais R$ 112 mil para o suspeito
Com medo da perseguição e ameaças, uma empresária de 48 anos procurou a polícia para denunciar o ex-namorado, de 49 anos, por extorsão. Ela relatou a polícia que o suspeito exige uma pensão para deixar ela em paz e que nos últimos dias foi abordada pelo suspeito no trânsito e até “vigiada” por um desconhecido em casa.
Para a polícia a mulher contou que namorou o autor por dois anos, mas há quatro o relacionamento chegou ao fim. Durante todos esses anos, no entanto, o suspeito continuou a persegui-la.
Segundo a vítima, o ex-namorado acredita ter direito a receber dinheiro por supostamente ter mantido com ela uma “união estável”. Assim que se separou, a empresária chegou a entregar uma caminhonete Ford Ranger e mais R$ 112 mil para o suspeito, que mesmo assim começou a pedir uma “pensão” para deixar ela e os filhos em paz.
Diante da constante perseguição do ex-namorada, a mulher fez empréstimo consignado e passou a ele diversos valores expressivos, que não foram divulgados. As cobranças, no entanto, continuaram e no dia 17 deste mês o homem chegou a “fechar” o carro da vítima no trânsito para tentar falar com ela.
A empresária se negou a conversar e ouviu ameaças. “Vou rachar sua cabeça”. Depois do episódio, ela perseguiu um homem vigiando sua casa todos os dias. Ele chegou a acenar para ela se aproximar, mas receosa, decidiu chamar a Polícia Militar. Quando a equipe chegou, no entanto, o homem havia fugido.
Em depoimento, ela afirmou acreditar que o desconhecido estava em sua casa a mando do ex-namorado. Toda a situação fez com que a empresária procurasse a delegacia mais de uma vez e pedisse na justiça medida protetiva, para impedir a aproximação do suspeito.
A vítima relatou que a determinação era de que o ex colocasse tornozeleira eletrônica na tarde de ontem, mas o medo das ameaças fez com que voltasse a delegacia para registrar um novo boletim de ocorrência. O caso agora é investigado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) como extorsão e descumprimento de medida judicial.