Entulho não recolhido de caçambas começa a se acumular nas ruas
Sem aterro de entulhos, fechado há 16 dias, restos de materiais usados em obras acabam acumulados nas caçambas e nas vias da cidade
Passados 16 dias desde o fechamento do único aterro de entulhos de Campo Grande, no Jardim Noroeste, caçambas cheias são vistas em diversos pontos na cidade. Como não está sendo feita a retirada dos materiais, os resíduos se acumulam e chegam a tomar parte das ruas.
Um exemplo pode ser visto na Rua Goiás, próximo à Rua da Paz. Caixas, latas, sacos plásticos e pedaços de madeira estão amontoados dentro de uma caçamba. Com sua capacidade cheia, blocos de concreto e restos de tijolos acabam acumulados no canto da via.
Fechamento – O aterro de entulhos, que passou por vistoria feita pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), em julho, foi fechado no dia 15 de dezembro por decisão do juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, David de Olveira Gomes Filho.
Em entrevista recente ao Campo Grande News, o juiz afirmou que o aterro precisa passar por uma série de adequações, entre elas o fechamento no entorno e proibição da entrada de lixo hospitalar.
Mais de 1.400 toneladas diárias de RCC (Resíduos da Construção Civil) que são produzidas diariamente em Campo Grande eram levadas para o local, e a média é de que 3,8 mil caçambas estejam por toda a cidade.
Protesto caçambeiros - Com as atividades paradas pela interdição, caçambeiros da Capital fizeram uma série de manifestações pelas cidades. Cerca de 20 caminhões fizeram buzinaços e desceram do Parque dos Poderes pela avenida Afonso Pena até a Prefeitura no dia 19 deste mês. No dia 22, os trabalhadores estacionaram em frente à Câmara Municipal, quando pediam o direito de uma fala durante a sessão.
Protesto catadores - Catadores que pegavam materiais no aterro também fizeram manifestações contra a interdição do local. No dia 15, eles chegaram a ocupar um trecho da BR-163, mas foram retirados do local. Na mesma data eles chegaram a ameaçar invadir o local. A principal reivindicação é de que o acesso era restrito, e os trabalhadores não podiam entrar no aterro para pegar materias que já haviam sido coletados e separados.