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Capital

Erosão em córrego preocupa quem passa pela Fernando Corrêa da Costa

Péssimas condições às margens do Prosa deixam pedestres, motoristas e comerciantes em constante estado de alerta.

Anahi Gurgel | 05/07/2017 08:37
Entulho e lixo no barranco às margens do córrego da Avenida Fernando Corrêa da Costa. Risco de deslizamento preocupa população. (Foto: Marcos Ermínio)
Entulho e lixo no barranco às margens do córrego da Avenida Fernando Corrêa da Costa. Risco de deslizamento preocupa população. (Foto: Marcos Ermínio)

Não é de hoje que mato, lixo, concreto solto, desgaste do solo e árvores com raízes expostas "protagonizam" situação preocupante às margens do Córrego Prosa. Depois de anos sem manutenção, a precariedade persiste sendo ameaça constante às pessoas que passam diariamente pela Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Campo Grande. 

No cruzamento com a Rua José Antônio, obras de contenção já foram realizadas depois de uma forte chuva provocar desmonoramento da margem. Mas o serviço não suportou a ação do tempo: a barreira vem cedendo a cada chuva e o risco de novos deslizamentos é iminente.

“A cada chuva a situação piora, porque a água leva a terra embora. Além disso, o córrego transborda e traz sujeira, insetos, mau cheiro para loja, espantando a clientela”, relata o empresário GladstonZucchi, 54 anos, que assumiu há cerca de 1 ano a direção de uma conveniência no local.

Empresário Gladston em frente à sua conveniência, próximo à Rua José Antônio. Preocupação com árvores de raízes expostas e riscos de acidentes no trecho. (Foto: Marcos Ermínio)
Empresário Gladston em frente à sua conveniência, próximo à Rua José Antônio. Preocupação com árvores de raízes expostas e riscos de acidentes no trecho. (Foto: Marcos Ermínio)

Outra preocupação dele é com uma grande árvore plantada quase em frente ao estabelecimento. “Parece que ela vai cair a qualquer momento. Está com raiz exposta e os galhos estão grandes, atrapalhando a visibilidade dos motoristas e colocando pedestres em perigo”, reclama.

O avançado processo de desgaste do terreno é visível por toda a extensão da vida. Perto da Rua Joaquim Murtinho, a degradação das margens castiga tanto a parte superior quanto inferior da estrutura de canalização, onde pedaços de betão já se desprenderam e estão largados no barranco.

“Acredito que essa escavação é consequencia de um serviço de engenharia mal feito. A construção tem que ser proporcional à altura do leito do rio. Esta ficou bem abaixo do recomendado e quando chove, a água transborda. E ainda tem o agravante do escoamento da água que vem das áreas mais elevadas da cidade, que aumenta muito o volume”, explica o engenheiro civil Walter Ferreira de Oliveira Filho, 60 anos.

“Eu não conheço o projeto, mas parece que a estrutura foi construída sem ferragem, e quando a água bate, tira a terra, leva embora, deixando esse volume vazio”, detalha.

Resto de betão que se desprendeu e está ameaçando cair no córrego. (Foto: Marcos Ermínio)
Resto de betão que se desprendeu e está ameaçando cair no córrego. (Foto: Marcos Ermínio)

"Tem que arrumar isso logo, senão a situação só vai agravar. Não só aqui, mas em todos os locais onde passam córregos na cidade", ressalta o funcionário público Francisco Assis dos Santos, 48, que passa pela Fernando Corrêa quase todos os dias. 

De acordo com a prefeitura de Campo Grande, está em elaboração o processo licitatório para obras de reconstrução dos trechos danificados do gabião, às margens do Córrego Prosa.

Gabião são estruturas feitas em aço, que se tornam sólidas ao serem preenchidas com pedras.

Por meio da assessoria de imprensa, a administração municipal informou ainda que já foi feito o replantio de algumas árvores para evitar que suas raízes pressionem os taludes de contenção, ou seja, as encostas das margens.

Confira a galeria de imagens:

  • Sacos de areia danificados ao longo da Fernando Corrêa da Costa, entre as ruas José Antônio e Joaquim Murtinho.
  • Lixo acumulado às margens do Córrego Prosa.
  • Erosão no solo é visível perto da Joaquim Murtinho.
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