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Capital

Escola começa vacinação hoje, com 80% dos alunos autorizados pelos pais

Segundo direção da Escola Municipal Tomaz Ghirardelli, 20% dos estudantes não levaram autorização para vacinar

Guilherme Correia e Bruna Marques | 16/03/2022 09:59
Ministério da Saúde permite vacinação de qualquer pessoa acima dos cinco anos. (Foto: Henrique Kawaminami)
Ministério da Saúde permite vacinação de qualquer pessoa acima dos cinco anos. (Foto: Henrique Kawaminami)

Crianças se vacinaram nesta manhã (16), na Escola Municipal Tomaz Ghirardelli, no Parque do Lageado, em Campo Grande, unidade de ensino que voltou a ser ponto de imunização contra a covid-19, exclusivo a estudantes (clique aqui para ver outros lugares aptos a vacinar).

Segundo a diretora, Clarice Cassol Miranda, cerca de 80% dos alunos tiveram permissão, ainda que o restante não esteja autorizado pelos pais. Ao todo, são quase 2,5 mil estudantes na escola, mas cerca de 40% já estava vacinado com, ao menos, a primeira dose.

Escola serviu como ponto de imunização contra o coronavírus, nesta quarta-feira. (Foto: Henrique Kawaminami)
Escola serviu como ponto de imunização contra o coronavírus, nesta quarta-feira. (Foto: Henrique Kawaminami)

Ela explica que a escola mandou bilhetes aos pais, por meio dos alunos, para que tomasse conhecimento de que a instituição seria um ponto de vacinação, bem como para solicitar a autorização.

No País, indivíduos menores de 18 anos têm de estar acompanhados dos responsáveis ou portarem documento oficial, feito pelos familiares, de que estão aptos a se vacinar. “A escola encaminhou bilhete para casa e voltou assinado, com todos os dados do responsável.”

No caso da vacinação nas escolas, a orientação é que só ocorra a autorização, a fim de evitar aglomeração dos pais. “Em média, por turno, são 1,2 mil alunos. Se o pai vier, duplicaria esse número. Por isso, só com autorização, para poder facilitar a escola.”

Às vezes, o pai não tem tempo para levar essa criança até o posto de saúde, porque trabalha. Além disso, aqui é uma região onde a maioria dos pais tem mais de um filho e isso facilitou muito.”

Foi o caso do Samuel Trindade, de 13 anos, que estuda no oitavo ano do Fundamental. Ele ainda não tinha se vacinado justamente pela falta de tempo para que a mãe a levasse ao ponto de imunização. “Minha mãe não estava com tempo de me levar, porque cuida dos meus dois irmãos, e aí resolvi tomar na escola. Facilitou muito.”

“Acho importante para prevenir, para não pegarmos a doença e morrer. Para não prejudicar a família. Ela é importante também para que possamos ter aula na escola e não precisar ficar mais em casa.”

Pais precisam autorizar filhos a estarem vacinados. (Foto: Henrique Kawaminami)
Pais precisam autorizar filhos a estarem vacinados. (Foto: Henrique Kawaminami)

Proteção - Nesta manhã, as autorizações foram recolhidas, em sala, e então, foram chamados alunos, separados por faixa etária, de forma organizada.

Também na fila, o estudante do sexto ano Caio Centurião, de 11 anos, recebeu a segunda dose, que garante total eficácia prevista contra casos graves de covid, e se animou em saber que poderia se imunizar na escola. “Achei legal, porque foi só sair da sala e vir aqui, não precisa ficar indo no posto.”

A vacina é importante para não pegar covid, e se pegar [o vírus], vai vir fraco. Também para proteger minha família e meu irmãozinho, de quatro meses, o Gael.”

Médica vinculada à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Amélia Leão Fernandes explica que um dos procedimentos adotados na imunização pediátrica é observar a criança por 15 minutos após a aplicação. “Estamos destinando para as crianças aguardar, para ver se tem uma reação. Se tiverem, sempre vai ter um médico para acompanhar.”

Após injeção ser aplicada, criança é acompanhada durante alguns minutos a fim de ver se não há reações. (Foto: Henrique Kawaminami)
Após injeção ser aplicada, criança é acompanhada durante alguns minutos a fim de ver se não há reações. (Foto: Henrique Kawaminami)

Ela ressalta que reações alérgicas leves são as comuns, tais como dor no local da injeção, febre ou mal estar. “São reações normais que todo mundo pode ter. Dor, um pouquinho de febre, os sintomas comuns de toda vacinação.”

“A gente vai ficar de olho em reações alérgicas, que exigem intervenção médica. Mas, passados esses 15 minutos, se as crianças não sentirem nenhum sintoma, ai estar liberada para fazer suas atividades normais.”

Está previsto uso de antialérgicos, se necessário, bem como o encaminhamento a UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) ou UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

Confira a galeria de imagens:

  • Por Lei, pais têm de autorizar vacinação dos filhos menores de 18 anos. (Foto: Henrique Kawaminami)
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