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Capital

Esculturas de capivaras 'duram' 28 dias e saem das ruas após vandalismo

Esculpidas em fibra de vidro, as peças têm 90 centímetros de altura, 1,85 cm de comprimento e 60 centímetros de largura

Viviane Oliveira, Bruna Kaspary e Marta Ferreira | 21/09/2017 10:53
Capivara quebrada nos altos da Avenida Afonso Pena (Foto: Bruna Kaspary)
Capivara quebrada nos altos da Avenida Afonso Pena (Foto: Bruna Kaspary)

Instaladas no dia 26 de agosto, graças a um projeto da Águas Guariroba, as esculturas de capivaras que estavam em locais públicos de Campo Grande "duraram" apenas 28 dias. Por causa do vandalismo, a concessionária vai tirar a exposição das ruas. Do começo do mês até agora, três esculturas artísticas do projeto Capivara Urbana foram destruídas em Campo Grande.

A primeira peça danificada foi em frente ao Sesc Morada dos Baís, na Avenida Noroeste. As outras duas, expostas na Orla Morena e na Afonso Pena, foram quebradas na madrugada de hoje (21). A exposição só terminaria em dezembro, mas a Águas Guariroba resolveu retirar as capivaras das ruas. Segundo a assessoria de imprensa da concessionária, o projeto será reavaliado e as capivaras vão para um lugar fechado.

Revoltada com o ato de vandalismo, a vendedora de água de coco, Etelvina dos Santos, disse que ficou chateada quando encontrou a peça quebrada, na Afonso Pena. “Fiquei muito triste. Me deu até uma dor no coração. Cheguei às 5h45 e encontrei a capivara caída com as pernas quebradas. Barbaridade”, lamenta.

Peça danificada na Orla Morena (Foto: Bruna Kaspary)
Peça danificada na Orla Morena (Foto: Bruna Kaspary)

Etelvina conta que um dia após a instalação das capivaras, flagrou muito adulto subindo em cima da da peça e posando para a foto. “Eles montavam como se a obra fosse um cavalo. É um desrespeito com o patrimônio público”, reclama.

O autônomo Cláudio de Jesus, 45 anos, também ficou revoltado quando se deparou com a obra depredada, na região da Orla Morena. “É uma falta de respeito. O duro que se prender, o responsável pelo vandalismo não fica um dia na cadeia”, lamenta. Ele acredita que deveria ter mais policiamento durante a madrugada para coibir crimes dessa natureza.

As obras são dos artistas Ana Ruas, Isaac de Oliveira, Jonir Figueiredo, Guto Naveira e Cleir Ávila, que expressaram em cada peça o que sentem pela cidade, em cores e diferentes estilos. Esculpidas em fibra de vidro, as peças têm 90 centímetros de altura, 1,85 cm de comprimento e 60 centímetros de largura.

Além do Sesc Morada do Baís, Orla Morena e altos da Avenida Afonso Pena, as peças estão expostas na Praça Ary Coelho e Feira Central. Depois da exposição, elas serão leiloadas. O valor arrecadado será doado para instituições assistenciais da cidade.

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