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Capital

Execução de filho de capitão é segunda morte envolvendo presos por jogatina

Há 7 anos, Andrey Cunha foi executado em Campo Grande, depois de ser preso com o capitão Paulo Xavier em operação contra quadrilha que explorava caça-níqueis.

Ângela Kempfer | 09/04/2019 20:46
Em 2012, Andrey Galileu Cunha foi executado em plena luz do dia na Rua Rio Grande do Sul, em Campo Grande. (Foto: Arquivo Campo Grande News)
Em 2012, Andrey Galileu Cunha foi executado em plena luz do dia na Rua Rio Grande do Sul, em Campo Grande. (Foto: Arquivo Campo Grande News)

A execução de Mateus Xavier, filho do capitão reformado da PM, Paulo Roberto Teixeira Xavier, é a segunda envolvendo acusados de participação em quadrilha que explorava jogos ilegais em Mato Grosso do Sul. A primeira foi de Andrey Galileu Cunha, executado no dia 23 de fevereiro de 2012, em frente à Escola Adventista, na rua Rio Grande do Sul, em Campo Grande, por dois pistoleiros em uma moto. 

Andrey e Xavier foram dois dos alvos da operação Las Vegas, em 2009, que prendeu 19 pessoas na Capital e em Corumbá. A quadrilha mantinha caça-níqueis e outros jogos de azar, que também operava na Bolívia.

O grupo era chefiado pelo major aposentado da Polícia Militar Sérgio Roberto de Carvalho, preso em 2007 na operação Xeque-Mate, também por esquema de jogos de azar.

Xavier seria o responsável pela logística do grupo e Andrey Galileu Cunha era apontado como sócio do major Carvalho em um dos cassinos fechados durante a ação, chamado de Caju. Cunha já havia sido preso também na operação Xeque-Mate, Em 2008, a polícia estourou dois cassinos, no Jardim dos Estados, comandados por Andrey e em 2009 ele foi pego na Las Vegas.

A morte de Andrey foi atribuída à briga pelo monopólio dos jogos de azar. O crime, segundo as investigações, foi executado pelos policiais civis Mário Cesar Velasques Alle,  Flaviano Cantacini e Robson Ribeiro Motta, presos 3 meses depois e apontados como integrantes de quadrilha que concorria com o grupo de Andrey na exploração de caça-níqueis na cidade.

Execuções recentes - No fim do ano passado, após 4 execuções registradas em apenas 5 meses em Campo Grande, a Polícia Civil criou uma força-tarefa para investigar os crimes de pistolagem. Os quatro assassinatos foram no meio da rua, com arma de grosso calibre. Mas até agora nenhum deles foi elucidado. 

O subtenente Ilson Martins de Figueiredo, 62 anos, então chefe da segurança da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, foi morto às 6h do dia 11 de junho, em plena Avenida Guaicurus. A camionete onde estava foi atingida por pelo menos 45 tiros de fuzil, mesma arma usada na execução de hoje. ados nas saídas da cidade.

Na madrugada de 18 de outubro de 2018, Marcel Costa Hernandes Colombo, 31 anos, conhecido como Playboy da Mansão foi o segundo alvo de pistoleiros no ano, morto a tiros pistola 9 milímetros, enquanto estava em bar na Avenida Fernando Corrêa da Costa, na Vila Rosa Pires. Marcel foi alvo da Operação Harpócrates, realizada pela PF (Polícia Federal) em 21 de dezembro. A ação investigou a venda de produtos importados sem pagamento de impostos - crime de descaminho.

No Jardim Autonomista, na noite de 26 de outubro, Orlando da Silva Fernandes, 41 anos, foi assassinado a tiros de fuzil. O crime foi na Rua Enramada. O motivo seria vingança porqu ele teria entregado a executores a rotina do narcotraficante Jorge Rafaat, morto em junho de 2016 no Paraguai. Os automóveis usados na morte de Orlando, também foram incendiados.

No dia 15 de novembro, o empresário Cláudio da Silva Simeão, 48 anos, foi executado a tiros de pistola 9 milímetros, por volta de 1h, quando chegava em casa, na Rua Patagônia com Antônio Vieira, no Jardim Bela Vista. Cláudio era empresário do ramo de mineração em Corumbá. Ele era cobrado na Justiça por dívidas a um sócio, que somadas chegavam a cerca de R$ 42 milhões. 

 

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