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Capital

Experientes, fujões usaram garagem para escaparem de delegacia

Viviane Oliveira e Marcus Moura | 07/02/2017 09:10
Movimentação de policiais em frente à delegacia (Foto: André Bittar)
Movimentação de policiais em frente à delegacia (Foto: André Bittar)
Policiais do Choque fazem buscas por fugitivos (Foto: André Bittar)
Policiais do Choque fazem buscas por fugitivos (Foto: André Bittar)

Os três presos que fugiram durante a madrugada da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, que fica na rua Padre João Crippa, região central de Campo Grande, saíram pelo portão da garagem que estava aberto. A delegada Ana Paula Trindade, responsável pelo plantão, não quis dar entrevista sobre a fuga. 

Os nomes dos detentos que escaparam ainda não foram divulgados, mas segundo o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis), os três são reincidentes em fuga. “A Polícia Civil não tem obrigação legal de custodiar presos”, diz Max Dourado, assessor jurídico do sindicato. No total, sete policiais faziam plantão na delegacia. 

Segundo Max, dos 20 presos da delegacia distribuídos em duas celas, apenas um está em situação de flagrante, o restante já deveria estar sob custódia da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). “O Sinpol cobra diariamente do Governo do Estado uma solução para o problema”, afirma.

Não foi informado como os presos saíram das grades, porém conforme apurado pelo Campo Grande News não há sinais de arrombamento nas celas. Tudo indica que usaram grampos para abrir a fechadura. Policiais do Batalhão de Choque, da Força Tática e do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) fazem buscas na região, mas até agora nenhum dos fugitivos foram encontrados.

A dona de um salão de beleza no entorno conta que está acostumada receber notícia de que presos fugiram da delegacia. “Não é novidade. Estamos acostumados, porém é ruim para o comércio, porque os clientes ficam inseguros”, lamenta a mulher de 50 anos. 

Morador e dono de uma imobiliária na redondeza, o empresário de 60 anos, mora na rua Padre João Crippa há 4 anos e já acordou com preso em cima do telhado da casa dele. “Era um interno que havia fugido. Pensa no susto”, conta. Os dois entrevistados pediram para não serem identificados. 

Por enquanto, a Depac não está fazendo boletim de ocorrência, porque a equipe ainda faz o relatório do plantão passado. Quem precisar dos serviços pode procurar a 1ª Delegacia de Polícia Civil que fica no mesmo prédio. Apesar da movimentação de policiais, as rua não foi interditada. 

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