Expositores da Feira do Bosque da Paz fazem abaixo-assinado para manter espaço
Local se tornou palco de disputa entre empreendedores e moradores do bairro Carandá Bosque
A Feira do Bosque da Paz ganha mais um capítulo da ‘guerra’ declarada entre expositores e moradores do bairro onde acontece o evento cultural uma vez no mês. Após diversas reclamações de moradores e uma tentativa declarada de expulsar os 500 empreendedores da economia criativa que ocupam o local em um único dia de domingo, um abaixo-assinado virtual começou a ter apoio dos campo-grandenses. Clique aqui.
A ideia surgiu de uma das feirantes, Bruna Caruzo, que tem como meta recolher o máximo de assinaturas possíveis. “A feira bosque da paz foi criada em 2022, com o intuito de oportunizar aos expositores de artesanato uma melhor condição de comércio. A feira acontece 11 vezes no ano e já movimentou mais de R$ 7 milhões”, ressalta.
Ela enfatiza ainda que o evento é o único canal de renda de muitos expositores e um complemento importante para outros. “Também é uma ótima opção de lazer ao ar livre para os moradores da cidade. O local, arborizado, atrai mais de 20 mil frequentadores em cada edição, e para que tudo aconteça da melhor forma é necessário o apoio do poder público”.
De acordo com a organizadora da Feira do Bosque da Paz, Carina Zamboni, a iniciativa da expositora surgia de forma espontânea após eles levarem os problemas que estão passando com um grupo de moradores do bairro. (Confira mais prints na galeria de imagens)
“Querem tirar a feira dali. Sempre tentamos resolver dentro da organização, mas dessa vez resolvemos dividir com os expositores o que está acontecendo. Estamos passando por diversos obstáculos, sem ajuda do poder público para o trânsito, o que prejudica a relação com os vizinhos”, explicou.
Nesta terça-feira (24) mesmo, uma nova reunião entre organizadores e a associação de moradores vai discutir ‘os danos ambientais’ que a feira cultural está causando para o bosque. “Nós só realizamos a feira 11 vezes no ano. Se contar dá 72h seguidas. Mas infelizmente tem vizinho dizendo que a feira transforma o bairro elitizado em periferia. Afirmam que a feira desvaloriza os imóveis”, lamenta.
A ideia com o abaixo-assinado é mostrar que não só os expositores, que dependem do espaço para sobreviver, apoiam o movimento, mas também a própria população. “Já estamos perto de 2 mil assinaturas, o que mostra que o campo-grandense gosta da feira”. Para assinar clique aqui.
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