Falta de material deixa buracos recortados e galhos sinalizam cratera
A falta de material deixou cinco das 19 equipes tapa-buraco sem trabalhar ontem em Campo Grande. A situação ficou visível na avenida João Arinos, na saída para Três Lagoas.
Um dos pontos mais críticos do asfalto na Capital, a via tinha buracos recortados à espera de massa asfáltica, obrigando os condutores a dirigir em zigue-zague, e crateras sinalizadas com galhos de árvore e calota para alertar sobre o perigo, principalmente quando a água da chuva oculta a erosão no pavimento.
Próximo à entrada do bairro Cidade Jardim, o asfalto até foi recortado pela equipe do tapa-buraco. Mas, de acordo com a assessoria de imprensa da secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, faltou massa asfáltica devido a um problema mecânico no veículo que traz o material de Betim (Minas Gerais) para Campo Grande.
A cada dois dias, a cidade recebe 36 toneladas da massa para o asfalto. Conforme a assessoria, a carreta deveria ter chegado na quarta-feira (dia 11) à noite, mas teve problema mecânico ao passar por Paranaíba. A previsão é que a situação seja normalizada hoje. No local, equipes já trabalham na manhã desta sexta-feira (dia 13).
Ponto constante de buracos, que resistem a várias ações para tentar fechá-los, a avenida já resultou em prejuízo para muitos condutores. Em 29 de dezembro, uma cratera danificou 30 veículos.
No sentido a Três Lagoas, ela foi fechada. No entanto, no sentido oposto, há três grandes buracos em sequencia na faixa do meio da avenida, sendo dois sinalizados com galhos.
No cruzamento da João Arinos com a rua Butiá, foram fechados buracos no centro da via, mas as laterais continuam com buracos.
Conforme balanço da prefeitura, se todos os buracos tapados desde o dia 1º janeiro fossem juntados numa só rua, seria possível afastar 1,6 km. Foram tapados mais de 6,7 mil buracos, ao preço médio de R$ 82,65 por metro quadrado.
O relatório mostra ainda a utilização de 1,3 tonelada de CBUQ (Concreto Asfáltico Usinado a Quente). A estimativa é que 30% dos 2.800 quilômetros de vias pavimentadas da Capital ou seja, 840 quilômetros, estão em situação crítica. O serviço de tapa-buraco custa R$ 3,2 milhões por mês.