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Capital

Família de estudante morta protesta em praça e segue para delegacia

Aline dos Santos e Mariana Lopes | 13/09/2013 15:58
Em luto, família de Luana cobra punição para crime. (Foto: Marcos Ermínio)
Em luto, família de Luana cobra punição para crime. (Foto: Marcos Ermínio)

A família da estudante de 15 anos, morta após briga na saída da escola, protestou na tarde desta sexta-feira na praça Ary Coelho, em Campo Grande, e vai continuar a manifestação em frente ao Cepol (Centro de Polícia Especializada), onde a suspeita de cometer o crime, uma adolescente de 16 anos, deve se apresentar.

Na praça, a família em luto é de Luana Viera Gregório. Mãe, irmãos, tias e primos, num total de oito pessoas, cobraram Justiça e segurança nas escolas. Segundo a camareira Katiuscia Rosa Vieira, de 31 anos, a filha já havia sido jurada de morte por Dafni Alves de Lima, de 18 anos, suspeita de repassar a faca para a autoria do crime. “Hoje sou eu que estou chorando, amanhã pode ser outra mãe”, diz, sobre a escalada da violência em ambiente escolar.

A mãe questiona a postura do professor, que assistiu à confusão. “O professor era o primeiro que deveria separar. O professor não fez nada. Será que ele estava gostando de ver as meninas brigando?”. Katiuscia afirma que vai pedir assessoria jurídica para ver se o professor possa ser responsabilizado. “Vou fazer um boletim de ocorrência”, conta.

Uma irmã da vítima relata que já viu Camila brigando. “Ela não ficava quieta, sempre respondia à provocação. Já vi brigando a tapas”, diz a adolescente de 12 anos. O protesto despertou a atenção da aposentada Maria Aparecida Oliveira, de 60 anos, que passava pela praça. “A Luana estava errada também. Mas tem uma mãe sofrendo por trás. Foi uma coisa terrível”, afirma.

Entenda o caso - Luana Viera Gregório, de 15 anos, morreu, na quarta-feira (11), na Santa Casa de Campo Grande, depois de levar uma facada no abdômen. Ela foi ferida na saída da escola estadual José Ferreira Barbosa, na Vila Bordon. Uma colega de sala, de 16 anos, é suspeita de cometer o crime.

De acordo com a Polícia Militar, Luana foi morta porque borrifou um perfume dentro da sala de aula. A agressora teria se irritado, porque é alérgica, e decidiu se vingar no final do expediente escolar.

As duas brigaram e Luana acabou esfaqueada. A perfuração atingiu o fígado da adolescente, que chegou a ser socorrida, deu entrada no hospital às 12h40, mas morreu às 15h, após duas paradas respiratórias. Segundo a polícia, a faca que a agressora utilizou foi fornecida por uma jovem de 18 anos, amiga da rival de Luana.

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