Família do segurança Brunão faz nova manifestação no centro da Capital
Parentes não querem que caso seja esquecido
Dois meses após o segurança Jefferson Bruno Escobar, o Brunão, ter sido morto na casa noturna onde trabalhava, em Campo Grande, a família dele fez uma nova manifestação na manhã deste sábado.
Com faixas e distribuição de panfletos, pais e parentes de Brunão ocuparam o canteiro central da avenida Afonso Pena, no cruzamento com a rua 14 de Julho, para pedir à população que não esqueçam do caso e que ‘vigiem’ o autor do crime, o bacharel em Direito, Cristhiano Luna de Almeida.
Este é a terceira manifestação organizada pela família que afirma que Brunão foi assassinado por Cristhiano. “Estamos lutando para que seja mantido o homicídio doloso (com intenção de matar) porque foi realmente isso o que aconteceu”, diz o pai da vítima, o funcionário público João Márcio Escobar.
A intenção das manifestações é não deixar o crime cair no esquecimento e pedir à população acompanhar o andamento do processo e alertar sobre a violência em geral “A gente quer sensibilizar a população sobre a violência que está cada dia mais presente”, declara João.
“Muita gente não sabe o que foi feito no processo e que o Cristhiano está solto. Estamos aqui para alertar sobre o que está acontecendo e pedir às pessoas o denunciarem”, fala Rayane Vieira, 19 anos, prima do segurança, com o irmão mais novo dele no colo.
A mãe de Brunão, Edcelma Gomes Vieira, afirma que “vai lutar até o fim”. “Estão querendo mudar as coisas. Daqui a pouco meu filho é quem vai ser o assassino”.
O caso- Brunão foi morto quando retirava Cristhiano da casa noturna, após ele ter se envolvido em uma confusão com um garçom no local. A acusação afirma que o autor matou a vítima a soco.
Testemunhas de acusação disseram em juízo que o réu já havia se envolvido em confusão na casa, e em outros lugares, e que agrediu Brunão e o matou intencionalmente.
Ele foi preso horas depois do crime e indiciado por lesão corporal seguida de morte. A Polícia Civil ouviu mais testemunhas e analisou imagens do caso e mudou o indiciamento para homicídio doloso.
Cristhiano foi solto por determinação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, mas, tem que cumprir algumas regras entre elas: não ingerir bebidas alcoólicas, não frequentar casas noturnas e clubes de luta e não chegar em casa após às 22 horas.
A Polícia não faz uma vigilância específica em Cristhiano e conta com ajuda da população para denunciar se houver infração às determinações.