Fechamento de ala psiquiátrica é para causar tumulto, critica Marquinhos
“Todas as vezes que eles querem mais dinheiro, eles falam em fechar”, afirma o prefeito Marquinhos Trad (PSD) sobre o anúncio da Santa Casa sobre o fim da ala psiquiátrica.
“Isso já está ficando batido. Mas causa alarde né? Causa, porque eles sabem causar tumulto com a população com isso. Precisa de dinheiro? Vamos falar que vai fechar, colocar cadeado”, completou o prefeito.
Marquinhos reafirmou o que a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) já havia informado: a prefeitura “propôs aumentar em pelo menos seis vezes o financiamento do serviço, mas o hospital se mantém irredutível”.
O chefe do Executivo municipal afirmou ainda uma comitiva foi a Brasília nesta quarta-feira (6) para tentar viabilizar mais recursos para o hospital. O secretário municipal de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto e representantes da Santa Casa de Campo Grande têm uma reunião com o ministro Ricardo Barros.
“Eles só cobram da prefeitura, a ameaça é sempre em cima da prefeitura”, reclamou Marquinhos.
Fim da psiquiatria – A Santa Casa deve transferir dez leitos para o Nosso Lar e acabar com ala psiquiátrica do maior hospital de Mato Grosso do Sul ainda na primeira quinzena de setembro. A informação é do diretor-presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Esacheu Nascimento, que nesta terça-feira (5) confirmou o fechamento do setor.
O anúncio gerou protestos de funcionários e médicos do setor, além de outros profissionais da área. Uma manifestação foi realizada na manhã desta quarta-feira (6) em frete a ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul).
A Santa Casa defende que a transferência é uma forma de otimizar gastos, uma vez que a ala gera R$ 440 mil de despesa para o hospital e o Nosso Lar tem um setor destinado ao SUS (Sistema Único de Saúde) desativado.