Filhote de cachorro morreu de frio por esquecimento, alegou rapaz preso
Animal tinha apenas cinco meses e foi esquecido pro lado de fora de casa, outro cachorro foi resgatado
Felipe Prado de Moraes, 23 anos, e Joacir da Silva Filho, 27 anos, passaram por audiência de custódia na manhã desta sexta-feira (30), depois de serem presos pela morte de um cachorro no fim da manhã de ontem (29), no bairro Jardim São Conrado, em Campo Grande. Felipe recebeu liberdade provisória, já Joacir continuará preso.
Joacir é padrasto de Felipe e os dois foram autuados em flagrante por maus-tratos a animais e posse irregular de munição de uso restrito. Na residência, haviam dois cães sem raça definida, sendo um filhote de cinco meses, chamado "Luan", que morreu de frio, e um cachorro branco de quase 2 anos, com nome de "Max", que estava amarrado e sem os cuidados necessários.
Durante interrogatório, Joacir, tutor dos animais, contou que estava preso por tráfico de drogas nos últimos 28 dias e que deixou o enteado, Felipe, cuidando dos cachorros. Joacir ainda disse que geralmente "Max" se abriga do frio debaixo do tanque de lavar roupas e "Luan" dorme embaixo de uma mesa na garagem, com uma coberta. Ele culpou o enteado pelos maus-tratos aos animais, já que ele é quem deveria cuidar dos cães durante o período que Joacir ficou preso.
Já Felipe disse que realmente estava cuidando dos animais e que ia ao local em dias alternados dar água e comida. Segundo o depoimento de Felipe, o cachorro mais velho é agressivo e chegou a mordê-lo dias atrás, mas mesmo assim o alimentava.
Segundo o rapaz, o filhote "Luan" estava dormindo dentro de casa nos últimos dias, mas na noite de quarta-feira ele esqueceu o animal para o lado de fora, causando a morte de "Luan" por frio. Felipe ainda disse que amarrou o cão "Max" para proteger seu filho, de 4 anos, que estava na residência.
Dentro da residência, no quarto de Joacir, a polícia encontrou ainda munições de uso restrito, sendo nove cartuchos calibre 357 e três no calibre 45, todos íntegros. Os dois presos disseram que não sabem nada sobre as munições e nem como elas foram para dentro da residência.
"Max" foi levado pelos investigadores da Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) para receber cuidados veterinários e deve ser colocado para a doação.
*Matéria editada às 9h45 para acréscimo de informações