"Foi cena de filme", diz testemunha de acidente que matou jovem de 25 anos

No cruzamento das avenidas Mascarenhas de Moraes e Monte Castelo, onde o acidente que matou a jovem Maria Rita Portela de Souza, de 25 anos, aconteceu nesta madrugada, ainda havia sinais do acidente fatal na manhã desta quinta-feira (24).

O para-choque do Hyundai HB20 ficou na calçada de um motel, junto com uma caixa de papelão onde havia pedaços da Honda Biz que Maria Rita conduzia. O carro ficou com a frente destruída após o acidente e estava ainda no estacionamento da 2ª Delegacia de Polícia Civil, que fica na esquina onde a colisão aconteceu.

Camareira de 25 anos, que preferiu não se identificar, contou ao Campo Grande News que o barulho da colisão foi tão alto que ela e as colegas acharam que um carro havia colidido no portão do motel. "Alguém estava muito rápido, porque foi uma batida muito forte. Sai aqui fora e vi se ela ainda tinha pulso, mas estava sem sinais vitais, com a pupila dilatada e sangrando muito pelo nariz", contou a testemunha.

De acordo com a funcionária do motel, um policial estava na delegacia aguardando a chegada de presos, viu ela verificando os sinais vitais e perguntou se a jovem ainda estava viva. "Ele ligou para o socorro, enquanto isso, uma viatura da Guarda Municipal estava passando e parou para ajudar. O Samu chegou logo em seguida, mas ela já tinha morrido mesmo", explica a camareira.

O motorista do Hyundai HB20 tem 29 anos, é advogado e, segundo a testemunha, ficou muito nervoso após o acidente. "Ele nem chegou perto da moça, só depois que levaram o corpo dela que ele veio pra perto e ficou olhando a moto. Ele comentou que foi a moça que furou o sinal, mas morto não fala, né? Não vi se fizeram teste do bafômetro nele, foi cena de filme", detalhou a funcionária do motel.

Câmeras de segurança do motel flagraram o acidente e podem ajudar a identificar quem desrespeitou a preferencial, mas o dono do local está viajando e, por mensagens de WhatsApp, informou ao Campo Grande News que só passará o vídeo para a polícia, caso façam a solicitação.

Maria Rita estava de calça jeans e casaco, um dos tênis da jovem chegou a parar do outro lado da rua com a força da colisão. Ela carregava uma bolsa com documentos e um caderno da faculdade onde cursava Psicologia. O caso é investigado como morte a esclarecer e o motorista foi registrado no boletim de ocorrência como testemunha.

A jovem é natural de Coxim e morava em Campo Grande por conta da faculdade. Casal de amigos da família de Maria Rita foram até o local do acidente auxiliar na identificação e acompanhar o recolhimento do corpo.