Força-tarefa da Caravana da Saúde mira 7 mil imóveis contra a dengue
Uma força-tarefa passar por cerca de sete mil imóveis no Jardim Noroeste, em Campo Grande, num mutirão da Caravana da Saúde contra o mosquito Aedes aegypti, nesta sexta-feira (dia 13).
O inseto é vetor da dengue, zika e chikungunya. O bairro, na saída para Três Lagoas, foi escolhido por ser o de maior incidência.
O último Lira (Levantamento Rápido do Índice de Infestação), realizado em abril, aponta resultado de 1.6% (índice de alerta), enquanto o ideal é entre zero e um. O mutirão reúne 600 pessoas.
De acordo com o secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares, é a quarta ação contra a dengue realizada pela Caravana da Saúde. A iniciativa já foi realizada em Jardim, Aquidauana, Dourados e, agora, Campo Grande. “É mais uma forma de mostrar que a caravana não foca só na oftalmologia, mas também na prevenção e tratamento de doenças. O foco hoje é a prevenção contra dengue e chikungunya”, afirma.
O mutirão, que é uma parceria do governo do Estado e a prefeitura, conta com bombeiros, Exército, Polícia Militar e agentes comunitários de saúde. A ação inclui distribuição de panfletos, eliminação de criadouros do mosquito e limpeza de terrenos.
“O número de notificações diminuiu, mas não é por isso que vamos parar de agir”, afirma o secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca. Segundo ele, a Capital registrou 9.600 casos notificados de dengue em janeiro. No mês de abril, foram três mil notificações.
Ainda conforme Ivandro, neste ano cinco mil pessoas foram notificadas por manter imóveis sujos. “O agente foi uma vez, duas vezes, pede para limpar. Se não limpa, a notificação persiste e ela é multada”, diz.
Quem acompanha a ofensiva contra a dengue, aprova o mutirão. “Achei boa a iniciativa do governo do Estado e da prefeitura. Já tive dengue no ano passado e quem já pegou fica mais receoso ainda. Oriento meus funcionários a não deixar lixo exposto, material que possa acumular água”, afirma o farmacêutico Wellington Ricas, 32 anos, proprietário de uma farmácia.
Débora Galarce, 18 anos, relata que sua preocupação com o mosquito Aedes Aegypti aumentou depois que foi mãe. “Tenho mais medo da dengue por causa do meu filho de oito meses. O mutirão é importante porque chama atenção. O Noroeste tem muito caso de dengue”, diz a jovem. Ela, a mãe e o irmão já tiveram dengue.
Montada no Centro de Convenções Albano Franco, a Caravana da Saúde será realizada até 29 de maio em Campo Grande.