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Capital

Força-tarefa volta às ruas para cumprir mandados contra grupo de extermínio

Operação cumpre 18 ordens judiciais em investigação sobre formação de milícia armada e grupo de extermínio atuando em MS

Anahi Zurutuza, Danielle Matos e Clayton Neves | 17/03/2020 06:53
Gaeco na porta de edifício no Centro; portaria está em reforma e equipe está em apartamento do 3º andar (Foto: Clayton Neves)
Gaeco na porta de edifício no Centro; portaria está em reforma e equipe está em apartamento do 3º andar (Foto: Clayton Neves)


O Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate), o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e Batalhão de Choque estão de volta às ruas para cumprir 18 mandados contra investigados na Operação Omertà. A força-tarefa apura formação de milícia armada e grupo de extermínio atuando em Mato Grosso do Sul.

As equipes estão espalhadas por Campo Grande. “O povo já está todo na rua”, informou um integrante do Gaeco à reportagem. O Bope e o Choque confirmaram que estão dando apoio à ação.

Um dos locais é um edifício no Centro da Capital. Mandado, não se sabe se de prisão ou busca e apreensão, está sendo cumprido em apartamento do 3º andar.

A primeira fase da operação foi realizada em setembro de 2019 para investigar os crimes de organização criminosa atuante na prática dos crimes de homicídio, milícia armada, corrupção ativa e passiva. Nome da operação, Omertà é um código de honra da máfia italiana, que exige voto de silêncio.

Apontados pela investigação como chefes da milícia, o empresário Jamil Name, 80 anos, e o filho dele, Jamilzinho, 42 anos, foram presos naquela sexta-feira, 27 de setembro, e desde então não saíram da prisão. Os dois estão no Presídio Federal de Mossoró (RN).

Para aquele dia, ao todo, foram expedidos 23 ordens de prisões: sendo 13 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de prisão temporária em Campo Grande. A força-tarefa ainda tinha 21 mandados de busca e apreensão para cumprir.

A fase de audiências de um dos processos derivados da primeira fase, sobre a execução por engano do estudante Matheus Coutinho Xavier, filho do capitão da PM (Polícia Militar),  Paulo Roberto Teixeira Xavier (o verdadeiro alvo dos tiros), começaram neste mês.

Com reforço na segurança, na sala do Tribunal do Júri e pistoleiros foragidos, as oitivas começam no dias 2 e de março, quando foram ouvidas testemunhas de acusação. Nos dias 25 e 26, estão marcadas as sessões para depoimento da defesa.

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