Gêmeas siamesas seguem em estado grave e passam por exames na Santa Casa
Nascimento de gêmeas xifópagas tem incidência de 1 para cada 100 mil nascidos vivos
As gêmeas siamesas Maria Julia e Luna Vitória, que passam por bateria de exames na manhã desta terça-feira (dia 7) na Santa Casa de Campo Grande, seguem em estado grave, mas estável. Elas respiram com auxílio de aparelhos.
Nascidas em 3 de janeiro, elas têm o tórax interligado. Os bebês nasceram com 35 semanas (equivalente a oito meses), e juntos pesam 3,8 quilos. Não foi informado que órgãos, as meninas, que aparecem abraçadinhas na foto, compartilham.
As irmãs Maria Julia e Luna Vitória estão na UTI neonatal (Unidade de Terapia Intensiva). Elas recebem acompanhamento da equipe médica clínica e cirúrgica multidisciplinar, ainda não tem definição em relação à cirurgia de separação.
De acordo com a Santa Casa, nascimento de gêmeas xifópagas, mais conhecida por siamesas, tem incidência de 1 para cada 100 mil nascidos vivos. Em geral, no mundo, somente 18% dos gêmeos nessa condição sobrevivem. A decisão em relação ao manejo clínico e cirurgia de separação depende da anatomia interna em relação a quais órgãos e de que forma são compartilhado.
Vitória e tristeza – O retrospecto mostra destinos antagônicos de gêmeas siamesas em Mato Grosso do Sul. Nascidas em 2005, duas irmãs, cuja família é de Água Clara, tiveram sucesso na cirurgia para separação, realizada no Hospital das Clínicas (São Paulo).
Em março de 2010, gêmeas siamesas nasceram no HR (Hospital Regional Rosa Pedrossian), em Campo Grade. As meninas eram ligadas pelo coração, bexiga, estômago e parte do intestino. Elas sobreviveram por 14 dias.
No mês de novembro de 2013, na Santa Casa, foi registrado o nascimento de gêmeas xipófagas. As meninas faleceram em 20 de janeiro de 2014, quando estavam internadas em hospital de Goiás.