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Capital

Greve de servidores começa a fechar leitos no Hospital Universitário

Viviane Oliveira e Flávia Lima | 11/06/2015 11:39
Cerca de 150 a 200 servidores participaram da assembleia desta manhã. (Foto: Marcos Ermínio)
Cerca de 150 a 200 servidores participaram da assembleia desta manhã. (Foto: Marcos Ermínio)

Por causa da greve, alguns leitos começaram a ser fechados no Hospital Universitário, em Campo Grande. A informação foi passada pelo comando de greve do Sista (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino de Mato Grosso do Sul), durante assembleia nesta manhã (11). A paralisação faz parte de um movimento nacional.

Os sindicalistas disseram que a paralisação foi comunicada à Secretária de Saúde do Estado e do Município com 72 horas de antecedência, para que fosse feito o remanejamento de pacientes. O fechamento tem 24h. 

Ainda de acordo com o sindicato, a greve já tem 50% de adesão em todo Estado e dos 21 leitos da enfermaria da maternidade, três já foram fechados. Também estão sem atendimento os seis leitos dos 10 que compõem o setor de cirurgia.

De acordo com Adílson da Costa Oliveira, um dos membros do comando de greve, cerca de 10 mil pessoas procuram os serviços do Hospital Universitário da Capital. A escala de 30% dos funcionários trabalhando está mantida nos setores que aderiram a paralisação.

No total, conforme o sindicato, são 3.300 funcionários concursados que autuam na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e HU (Hospital Universitário). Só em Campo Grande são 1.700 servidores. A paralisação não inclui os funcionários contratados pela Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).

As principais reivindicações da categoria são reposição salarial de 27,3%, redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem diminuição de salário, suspensão dos cortes orçamentos das instituições de ensino, fim da terceirização e melhoria de outros benefícios, como auxílio-alimentação.

Preocupados - Os pacientes que dependem do Hospital Universitário estão apreensivos com a situação. A dona de casa Sandra Lourenço Ribeiro, mora em Corguinho e a cada 3 meses precisa levar o filho, Ryan de 5 anos que nasceu prematuro, para fazer acompanhamento. Hoje, a dona de casa conseguiu atendimento e só vai precisar retornar daqui dois meses. “Mesmo assim, estou com receio de não conseguir atendimento. Até lá vou mantendo contato para saber se a greve acabou”, diz.

Após esperar dois anos por uma cirurgia, a dona de casa Nelzalina Gomes de Arruda, 63 anos, aguardava consulta para marcar a data da operação. Ela teme que não consiga a cirurgia para os próximos dias por causa da greve. “Todos os exames foram entregues, agora preciso apenas marcar a data. Vivo a base de remédio devido as fortes dores no estômago ”, reclama. Segundo os sindicalistas, as cirurgias eletivas vão ser suspensas por causa do fechamento de leito.

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