Grupo define quais bairros vão receber mosquito "antidengue"
A liberação dos mosquitos com infectados com a bactéria Wolbachia deve ocorrer no segundo trimestre de 2020
Os primeiros bairros de Campo Grande a receber os mosquitos "antidengue", ou seja, aqueles infectados com a bactéria Wolbachia, além do espaço para produção destes insetos estão sendo tema de reuniões nesta semana envolvendo técnicos da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e gestores das secretarias municipal e estadual de saúde. A informação foi confirmada pelo gerente do WMP Brasil/Fiocruz, Gabriel Sylvestre.
Segundo Sylvestre, a liberação dos primeiros mosquitos deve ocorrer no segundo trimestre de 2020. Antes disso, são realizadas ações de planejamento e conscientização da população. “Nenhum mosquito é liberado sem consentimento da população”, resume.
Os mosquitos que serão liberados na cidade são infectados com a bactéria Wolbachia pipentis que impede as fêmeas de transmitirem doenças como dengue, zika vírus, febre chikungunya e febre amarela. A ideia é liberar os insetos de forma gradativa em toda a cidade até 2022.
Sylvestre informou que existem alguns locais sendo cotados para a fabricação dos insetos, mas não adiantou quais. Em relação aos bairros que serão priorizados, ele comentou os critérios de escolha. Dentre eles o tamanho, a densidade populacional, capacidade operacional dos agentes, além de dados sobre a infestação.
Nesta segunda-feira (2), novos “mosquitos aliados” foram liberados em Niterói (RJ), cidade pioneira nesta técnica. Conforme Sylvestre, o projeto já alcançou 62 bairros em que vivem 1,2 milhão de pessoas.
Além de Campo Grande, outras cidades que vão receber o projeto são: Belo Horizonte, Petrolina.