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Capital

Grupo que extorquiu e sequestrou bancários é condenado a 8 anos de prisão

Gerente chegou a ser acusado de participação, mas desistiu do esquema

Por Lucia Morel | 11/11/2024 17:38
Caio (à esquerda) e Moisés (à direita) foram condenados pelo sequestro do casal. (Foto: PCMS/Divulgação)
Caio (à esquerda) e Moisés (à direita) foram condenados pelo sequestro do casal. (Foto: PCMS/Divulgação)

Trio acusado de extorsão mediante sequestro de casal de bancários, em outubro do ano passado, foi condenado a oito anos de prisão em regime fechado. Sentença da juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal, condenou Moisés dos Santos Parras Barreto Lima, Caio Fábio Santos Felipe e Jhonatan Kelvin da Cunha de Souza.

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Três indivíduos foram condenados a oito anos de prisão em regime fechado por sequestro e extorsão de um casal de bancários em outubro de 2022. Moisés dos Santos Parras Barreto Lima, Caio Fábio Santos Felipe e Jhonatan Kelvin da Cunha de Souza foram considerados culpados pela juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal. O crime foi descoberto quando o funcionário do banco, que inicialmente foi cooptado para participar do esquema, mas desistiu, foi sequestrado junto com sua namorada. O casal foi mantido refém por Moisés e Caio, que exigiram o cartão funcional do bancário para realizar transações fraudulentas.

Jonathan Kelvin negou a participação no sequestro das vítimas, mas intermediou contato entre Caio Fábio e um indivíduo de São Paulo. Ele também confessou que, a princípio, o gerente da Caixa Econômica Federal faria parte do esquema, mas desistiu. Por sua vez, Caio também confirmou que o gerente estaria no esquema, mas abortou.

Caio foi pessoalmente à agência, na avenida Júlio de Castilhos, para abrir uma conta e, após alguns dias, retornou. Na oportunidade, ele realizou a proposta do esquema para o gerente, “tendo a vítima demorado para aceitar a participação”. Sem fazer parte do crime, o funcionário do banco acabou sendo vítima de sequestro e extorsão dias depois, junto com sua namorada.

“Em seu interrogatório, o réu Moisés dos Santos Parras Barreto Lima, confessou a sua participação no sequestro, no entanto, declarou que o réu Caio teria lhe chamado para que o acompanhasse. Afirmou achar que se tratava de um esquema de estelionato, e que somente na casa da vítima (...) percebeu tratar-se de um sequestro”.

Sequestro - O caso foi descoberto em 9 de outubro, quando equipe da Garras recebeu a ligação do setor de segurança do banco informando que, por volta das 9h, um funcionário teria ido até a agência, localizada na Avenida Júlio de Castilhos, pegar seu cartão de trabalho, usado para validar transações bancárias. Ao sair, avisou que estava sendo sequestrado.

Os policiais deram início às buscas e foram informados pela mãe do homem que ele poderia estar na casa da namorada, no Bairro Monte Castelo. A equipe foi até o local e, ao tocar a campainha, foi recebida pelo bancário. O suspeito estava atrás e foi abordado. Logo depois, a mulher saiu chorando de dentro da casa dizendo que havia sido sequestrada.

Ela contou que foi rendida por Moisés e Caio ainda no início da manhã. Ela foi obrigada a ligar para o namorado, que foi até o local minutos depois e acabou abordado pela dupla de criminosos. O homem, então, foi pego e obrigado a ir até a agência bancária pegar seu cartão funcional, e depois o levaram de volta para a casa da namorada, onde o casal ficou refém.

Moisés ficou na residência com as vítimas, enquanto Caio deixou o local com outro suspeito. Quando a polícia chegou, o suspeito tentou fugir, mas foi preso em flagrante pela equipe da Garras. Com ele foi encontrado um simulacro de arma.

Em seguida, a equipe fez novas buscas até encontrar Caio, conhecido como “El Tanque”, em uma casa no Bairro Santa Mônica. Ele contou que teria que levar o cartão funcional do gerente até a Paraíba e foi ameaçado para cometer o crime.

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