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Capital

Guardador de carros encara júri popular um ano após matar estudante

Corpo de Danilo Cezar de Jesus Santos foi encontrado em terreno baldio dia 7 de março, dois dias após morte

Por Ana Paula Chuva | 01/03/2024 17:20
Danilo era estudante de mestrado na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Foto: Reprodução | Facebook)
Danilo era estudante de mestrado na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Foto: Reprodução | Facebook)

O guardador de carros Railson de Melo Ponte, o “Maranhão”, enfrentará o júri popular no dia 20 de março deste ano pela morte do estudante Danilo Cezar de Jesus Santos. O julgamento acontece 381 dias depois do rapaz de 29 anos ser assassinado com um golpe na cabeça e ter o corpo deixado em um terreno baldio na Rua Marechal Rondon, Centro de Campo Grande.

Danilo foi encontrado após dois dias por equipe da DHPP (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios e Proteção à Pessoa) e Railson preso em flagrante pelo crime. Ele confessou o crime e em depoimento alegou ter assassinado o estudante de mestrado por ele ter tentando manter relação sexual com o autor.

Na versão do guardador de carros, ele estava em frente à casa noturna onde a vítima também estava. Os dois então conversaram quando Danilo teria comentado que queria usar drogas. Ao ver o interesse do estudante, Railson então disse que sabia onde encontrar o entorpecente e então os dois seguiram até uma conveniência, que estava fechada.

O autor relatou então que foi com a vítima há umas ruas mais para baixo e quando chegaram ao terreno baldio eles ficaram no local usando droga. No depoimento ele diz que o estudante estava com R$ 50 que pertenciam a ele. "Fiquei fumando lá e ele queria ter relação sexual, queria fazer programa".

Railson durante depoimento gravado pela Polícia Civil (Foto: Reprodução)
Railson durante depoimento gravado pela Polícia Civil (Foto: Reprodução)

Railson alega não ter gostado das investidas de Danilo e que ninguém havia combinado de fazer programa. "Eu agarrei assim no pescoço dele, afastei ele para lá", mostrou ao delegado José Roberto de Oliveira. "Nisso a gente já tinha discutido, porque ele não achou meus R$ 50 e não queria dar o celular. Pensei, vou desmaiar ele para pegar meu dinheiro, não queria matar. Nem sabia que esse cara tinha morrido", completa.

O guardador de carro foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) no dia 22 de março do ano passado por homicídio qualificado por motivo torpe, já que o crime foi cometido em razão de “divergência quanto à forma como seria realizado o pagamento pelo programa sexual”, por meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Além da ocultação de cadáver e por roubar a vítima.

A denúncia foi recebida no dia 31 daquele mesmo mês pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos e o julgamento marcado para o dia 20 de março deste ano na 2ª Vara do Tribunal do Júri.

Corpo de Danilo estava em uma vala nos fundos do terreno baldio (Foto: Reprodução)
Corpo de Danilo estava em uma vala nos fundos do terreno baldio (Foto: Reprodução)

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