Homem que matou casal é réu por atirar em amigo durante pescaria
Flavio Saad foi denunciado em 2015 e pronunciado por tentativa de homicídio qualificado no ano passado
Procurado por matar Ana Claudia Rodrigues Marques, 44 anos, e Carlos Augusto Pereira de Souza, 49 anos, na noite desse domingo (10), em uma casa no Bairro Coophatrabalho, em Campo Grande, Flavio Saad, 49 anos, foi denunciado e é réu por tentativa de homicídio qualificado contra um amigo. O crime aconteceu em junho de 2015 durante uma pescaria no Distrito Águas do Miranda, em Bonito, distante 297 quilômetros da Capital.
RESUMO
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Flávio Saad, de 49 anos, foi denunciado e se tornou réu por tentativa de homicídio qualificado contra um amigo em 2015, durante uma pescaria em Bonito, Mato Grosso do Sul. Ele confessou ter esfaqueado a vítima após uma discussão, alegando legítima defesa. Saad foi preso preventivamente, mas solto em setembro do mesmo ano. Em 2022, ele foi pronunciado pelo crime e deve passar por júri popular. Separadamente, Flávio é suspeito de matar Ana Claudia Rodrigues Marques, 44 anos, e Carlos Augusto Pereira de Souza, 49 anos, em Campo Grande. Ele foi identificado por testemunhas e câmeras de segurança, e armas de fogo foram encontradas em sua residência. A polícia ainda o procura.
Flávio foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em setembro daquele ano. Conforme o documento, o crime aconteceu no dia 27 de junho de 2015 por volta das 8h10. A vítima foi ferida com diversos golpes de faca e socorrida em estado grave e sequer havia prestado depoimento naquele momento.
Segundo o boletim de ocorrência registrado na época, a vítima de 36 anos levou três facadas após uma briga durante a pescaria. Flávio fugiu do local acompanhado por outros dois homens e o veículo em que estavam foi parado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) na BR-419. O homem confessou o crime.
Equipe do Corpo de Bombeiros resgatou a vítima e Flavio foi encaminhado para a delegacia de Bonito, onde o caso foi registrado como tentativa de homicídio. Em depoimento, ele afirmou que o amigo estava muito descontrolado por ter bebido muito e avançou para o lado de um outro colega do grupo.
Saad alegou que a confusão piorou e a vítima passou a provocá-lo, até que foi para cima dele e apertou seu pescoço e lhe deu um soco no olho direito. Foi então que ele pegou uma faca e deu três facadas no homem para se defender. Depois decidiu ir embora. Ele teve a prisão preventiva decretada, mas foi solto em setembro daquele ano.
Em novembro do ano passado, o juiz Milton Zanutto Junior da Comarca de Bonito aceitou a denúncia contra Flavio e o pronunciou por tentativa de homicídio qualificado. Com isso, o homem se tornou réu pelo crime e deve passar por júri popular. A última movimentação do processo foi uma intimação entregue a ele em fevereiro deste ano sobre a decisão.
Duplo homicídio -Conforme consta no boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada após o enteado da vítima ouvir barulho de tiros. Ao conversar com a equipe, o adolescente informou que estava dormindo, momento que acordou com os gritos de socorro da madrasta.
O menino se escondeu em um canto do quarto onde dormia e ligou para o 190. Além disso, a testemunha afirmou que reconheceu a voz do suspeito como sendo a do ex-marido da mulher. Enquanto atirava, o suspeito dizia “é isso que talarico merece” e perguntava “ainda não morreu?”.
A mulher assassinada foi encontrada no corredor da casa, próximo à sala, e o corpo do homem, que estava com ela, no banheiro da suíte da residência. Após o crime, o suspeito fugiu. Os policiais fizeram diligências na região e encontraram na rua onde ocorreu o crime, uma câmera de segurança. A imagem flagrou o suspeito indo e voltando da casa onde o casal foi morto.
O vídeo foi mostrado ao filho do atirador, que reconheceu o homem como sendo seu pai. O filho do suspeito informou aos policiais que o pai mora na Rua Jasmelinda Ferreira de Carvalho, na Vila Manoel Taveira e, ao irem até a residência, a equipe encontrou cápsulas de revólver calibre .38, 12 munições de calibre .32, 84 munições de calibre .357, um revólver marca Taurus calibre .22, e um revólver Smith & Wesson calibre .357.
O suspeito não foi localizado. Equipes da Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) foram acionadas e estiveram no local do crime, bem como a perícia e a funerária. O caso foi registrado como feminicídio e homicídio qualificado.
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