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Capital

Homem que matou jovem a tiros em frente à oficina é condenado a 9 anos de prisão

Sérgio Arruda Gonçalves foi condenado por homicídio doloso qualificado pelo motivo torpe

Por Bruna Marques | 27/09/2024 07:00
Corpo da vítima coberto com lençol branco em frente à oficina onde foi assassinado (Foto: Paulo Francis)
Corpo da vítima coberto com lençol branco em frente à oficina onde foi assassinado (Foto: Paulo Francis)

Sérgio Arruda Gonçalves foi condenado a 9 anos de prisão pela morte de Everton Alexandre Farinha dos Santos, 35 anos, ocorrido no dia 8 de abril de 202, no Jardim das Macaúbas, em Campo Grande. A decisão da pena ocorreu durante sessão do Tribunal do Júri nesta quinta-feira (26).

Os jurados reconheceram a autoria de Sérgio no crime e acolheu a tese de partição de menor importância do réu, de modo que o acusado foi condenado por homicídio doloso qualificado pelo motivo torpe.

Ficou demonstrado que Sérgio foi o responsável por monitorar a vítima e enviar a localização de onde ela estava no dia do crime. A pena de 9 anos em regime fechado foi fixada pelo juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O crime - Everton morreu depois de ser baleado em frente a uma oficina mecânica. Uma dupla em um veículo Gol passou atirando, acertou ele vítima e, ao dar ré, ainda atropelou uma mulher que estava no local. O homicídio foi registrado na Rua do Patrocínio, no Jardim Macaúbas.

Na oficina onde Everton morreu, foram recolhidas pelo menos 12 cápsulas de arma de fogo. Ele tinha passagem policial por tráfico.

De acordo com boletim de ocorrência, Everton tinha se envolvido em uma briga em estabelecimento comercial, localizado no bairro Moreninha III, em novembro de 2021.

Desde então, começou a receber ameaças, disse a mãe em depoimento. Além disso, o rapaz envolvido na discussão passava em frente ao local de trabalho da vítima em um carro modelo Celta, sempre na companhia de outra pessoa, contou à polícia.

O mesmo rapaz que estaria ameaçando Everton foi reconhecido como um dos atiradores por pessoas que estavam no momento do crime.

O Batalhão de Choque da Polícia Militar conseguiu localizar as duas armas usadas no crime. De acordo com o depoimento da mãe da vítima, dois homens chegaram ao estabelecimento que pertencia à família em um Gol branco e fizeram disparos contra o filho.

A vítima se aproximou do carro pensando ser cliente, quando Everton percebeu que os homens estavam armados, pediu para a mãe chamar a polícia. Mas sem descer do veículo, um dos assassinos, o que estava no banco do passageiro, começou a fazer vários disparos contra o jovem.

Everton tentou se esconder atrás de um carro que estava sendo lavado no estabelecimento, mas o motorista desceu do veículo e continuou a fazer disparos. O jovem foi alvejado e caiu morto, próximo ao portão de entrada.

Na hora da fuga dos atiradores, a tia de Everton tentou ajudar o sobrinho, mas os bandidos perderam o controle do carro e acabaram atropelando os dois. O carro ficou sob as vítimas e os dois homens fugiram do local a pé. Duas ruas depois roubaram outro Gol, acabaram se envolvendo em acidente, jogaram armas no matagal da região e sumiram.

Câmera de segurança de uma loja captou áudio que revela a quantidade de disparos dados em atentado que matou Everton. Na câmera, o relógio marca 15h12 quando o som do primeiro disparo pode ser ouvido. Na sequência, diversos outros sons são ouvidos. Apenas uma pequena pausa é notada, possivelmente no momento em que uma das armas é descarregada e uma segunda passa a ser acionada.

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