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Capital

HU confirma 42 leitos fechados e cirurgias eletivas serão remarcadas

Flávia Lima | 11/06/2015 13:45
Greve de servidores da UFMS tem 50% de adesão, segundo sindicato. (Foto:Marcos Ermínio)
Greve de servidores da UFMS tem 50% de adesão, segundo sindicato. (Foto:Marcos Ermínio)

A greve dos servidores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) que atuam no HU (Hospital Universitário) em Campo Grande, já causou o fechamento de 42 leitos do hospital, segundo informação da assessoria do hospital. Os leitos começaram a se fechados na manhã desta quinta-feira (11) e atingem setores do PAM (Pronto Atendimento Médico), Pediatria, Maternidade e unidade cirúrgica 2. Segundo o comando de greve, seis leitos da unidade cirúrgica 1 também haviam sido fechados esta manhã.

Ao todo, 750 profissionais da UFMS trabalham no HU em regime estatutário. O hospital tem mil funcionários, porém nem todos são ligados à universidade. A assessoria do hospital confirmou as informações do comando de greve, de que a paralisação ainda não atinge 100% dos servidores e de que os funcionários estão cumprindo a escala obrigatória de 30% de servidores nos setores paralisados.

Conforme balanço do comando de greve do Sista (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino de Mato Grosso do Sul), pelo menos 50% dos 3,3 mil funcionários da UFMS existentes no Estado já aderiram ao movimento.

Com o fechamento dos leitos, a assessoria do HU ressalta que as cirurgias eletivas deverão ser remarcadas e que a partir de hoje mais nenhum procedimento deste tipo deve ser marcado. O remanejamento das vagas está sendo feito pela secretarias de saúde do município e Estado. Pelo menos 10 mil pessoas passam pelo hospital por mês.

A paralisação dos servidores teve início dia 28 de maio e na próxima semana a categoria deverá se unir aos professores da UFMS, que também decretaram greve a partir de segunda-feira (15) para realizar uma série de atos. O primeiro deverá ser uma passeata na terça-feira (16).

Além do reajuste de 27.03%, a categoria reivindica redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem diminuição de salário, suspensão dos cortes nos orçamentos das instituições de ensino, fim da terceirização e melhoria de outros benefícios, como auxílio-alimentação. 

Os funcionários da UFMS que trabalham no HU também reclamam da falta de estrutura e sucateamento de equipamentos. Durante ato na manhã de hoje, os grevistas denunciaram problemas como aparelhos para aferir pressão arterial quebrados e falta de produtos para a higienização.

 

 

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