Imagens de circuito interno mostram suspeito de assassinar PM; assista
Em 2003, Ministério Público Estadual denunciou policial por envolvimento em assassinato
A Polícia está em busca de um dos suspeitos de ter matado o policial militar aposentado da reserva, Humberto Aparecido Rolon, de 40 anos, no fim da tarde de ontem (04) em uma loja de pneus na rua Spipe Calarge com a avenida Interlagos, em Campo Grande.
Segundo o delegado que investiga o caso, Devair Aparecido Francisco, o homem aparece nas imagens gravadas pelo circuito de vigilância de uma farmácia que fica próximo ao estabelecimento. Ele sobe a calçada com um capacete na cabeça, volta sem capacete e o coloca em cima de um carro, ele mexe em alguma coisa e saiu da direção da câmera.
Logo depois o policial é executado com cinco tiros pelas costas. Ainda de acordo com o delegado, uma testemunha reconheceu o homem das imagens. “Ele não viu o crime, mas viu o suspeito chegando e depois fugindo”, diz.
Pelas imagens, a moto parece ser uma moto Yamaha Fazer, azul escura ou preta, não é possível identificar a cor pelas imagens.
O delegado afirmou que vai solicitar à Corregedoria da Policia Militar informações sobre o período em que o policial estava na Corporação. O objetivo é identificar se ele tinha processos e se eles podem ter relação com a execução.
O caso - Dois homens em uma moto, pararam em frente à farmácia, o garupa desceu e, sem capacete, se dirigiu a borracharia. Ele efetuou cinco tiros a queima roupa contra as costas do PM que estava agachado vendo um pneu. Quatro pessoas estavam no local, mas alegaram que “tudo aconteceu muito rápido”.
Enquanto isso, o condutor da moto deu a volta na quadra e parou em frente ao estabelecimento. O atirador subiu novamente na garupa e os dois fugiram em direção à avenida Guaicurus.
Rotina - De manhã, o policial esteve na borracharia para arrumar o pneu de uma moto. Segundo relatos, ele trabalha em uma empresa próxima do local.
À tarde, ele ficou de voltar para pagar pelo conserto. Assim que chegou em um carro Fiat Siena, parou e foi atendido por um vendedor. Os dois estavam agachados no momento dos tiros.
Mais quatro pessoas estavam dentro do estabelecimento. Eles relataram que tudo foi muito rápido e por isso não conseguiram identificar o homem que efetuou os disparos.
O delegado acredita que o crime tenha sido encomendado.
Execução - O Ministério publico Estadual, denunciou, em 2003, o policial como um dos autores da execução Altair Cavalheiro Flores Neto, no dia 21 de dezembro de 2003.
De acordo com a denúncia, Humberto Aparecido Rolon, Celso Rodrigues Romeiro, Carlos Icassatti e Miguel Icassati foram contratados pelo ex-comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar de Ponta Porã, Gibson de Jesus Maroni Cabral para cometer o crime.
A execução teria sido encomendada, segundo o MPE, porque Altair teria se desentendido, em Jardim, com o filho do ex-comandante, Bruno de Matos Maroni. Ele foi assassinado com mais de 20 tiros de revólver calibre 38 e pistola 9mm.
Indenização - Em 2010, Rolon entrou com uma ação de indenização por danos morais contra o Estado. Ele pedia R$ 200 mil.