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Capital

Indígenas do Pantanal e do Conesul apresentam reivindicações ao governador

Durante dois dias os grupos ouviram sobre os projetos já realizados e que terão continuidade nos próximos anos

Gabriela Couto | 24/02/2023 18:53
Na plateia do auditório do Bioparque Pantanal, governador Eduardo Riedel (PSDB) acompanha reivindicações indígenas. (Foto: Secom)
Na plateia do auditório do Bioparque Pantanal, governador Eduardo Riedel (PSDB) acompanha reivindicações indígenas. (Foto: Secom)

Lideranças indígenas das regiões do Pantanal e Conesul participaram do 1º Encontro dos Povos Indígenas realizado pelo Governo do Estado nesta quinta (23) e sexta-feira (24), no auditório do Bioparque Pantanal.

Durante dois dias os grupos ouviram sobre os projetos já realizados e que terão continuidade, e o planejamento da atual gestão para os próximos anos. Com 80 mil indígenas, o Mato Grosso do Sul tem a segunda maior comunidade do Brasil.

A reunião de trabalho contou com a presença do governador Eduardo Riedel, caciques de diversas aldeias e comunidades indígenas, além do vice-governador José Carlos Barbosa, e os secretários de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Pedro Arlei Carvina, da Casa Civil, Eduardo Rocha, de Assistência Social e dos Direitos Humanos, Patrícia Cozzolino, de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania, Marcelo Miranda, e a secretária-adjunta Viviane Luiza.

“Foram duas reuniões importantes com as lideranças das comunidades indígenas do Pantanal e Conesul, cada uma com suas demandas. O objetivo foi reunir todas as situações específicas e entender o que é prioridade para cada comunidade, que não são iguais, cada uma delas tem suas urgências”, disse o governador.

A secretária-adjunta da Setescc, Viviane Luiza, pontuou sobre as ações que terão continuidade, entre elas a distribuição de 20 mil cestas básicas para 86 aldeias em 55 municípios. A cesta básica indígena é composta por arroz, feijão, sal refinado, macarrão, óleo de soja, açúcar cristal, fubá de milho, charque bovino, farinha de mandioca torrada e leite em pó integral.

“É um projeto da atual gestão incluir a erva mate. Além disso, também temos como meta incentivar os quintais produtivos, para enriquecer a alimentação básica, incentivando o plantio de itens como mandioca, batata, milho, cana e hortaliças”, afirmou Viviane.

O subsecretário de Políticas Públicas para População Indígena, Fernando Souza, também pontuou sobre a manutenção do projeto de energia social e conta de luz zero, prorrogada por mais 14 meses. “Também vamos executar um projeto piloto de energia renovável nas comunidades indígenas”.

Outros pontos importantes também foram abordados como o Vale Universidade Indígena, construções e reformas de escolas nas aldeias, pavimentação, ações na área de esporte, lazer e cidadania, oferta de cursos e qualificação, e ainda o apoio na produção agrícola com sementes, maquinário, entre outras necessidades.

“Fiz o compromisso para consolidar e transformar em ação, que começa em março. Temos mais de 80 mil indígenas e é importante a gente ter em Mato Grosso do Sul a igualdade, capacidade de desenvolvimento na visão deles e em relação ao que isso significa para termos um Estado cada vez melhor e respeitando todas as divergências e diferenças que a gente tem. Estou satisfeito com o resultado, com o objetivo direcionado e por saber que vai transformar a vida de muitas pessoas nas comunidades indígenas”, pontuou Riedel.

Para as lideranças indígenas o direcionamento do governo é inédito e abre caminhos para o diálogo e a solução de inúmeras demandas. “Acreditamos e temos plena confiança no governador Riedel. Vamos levar as propostas que atendem a expectativa da comunidade. Percebemos que nesta gestão tem diálogo e respeito”, afirmou Edvaldo Antônio, liderança terena de Miranda.

“Muitos falam e poucos ouvem. E o governador está nos ouvindo. Isso é muito importante para nós. São menos de dois meses da atual gestão e já estamos tendo devolutivas de demandas antigas”, pontuou o líder indígena terena Célio, de Aquidauana.

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