Investigação por morte de policial leva equipes a casa de empresário
Policiais cumpriram nesta manhã mandado de busca e apreensão na casa do empresário, ligado ao comércio do cigarro no Paraguai
As investigações sobre a morte do investigador Wescley Dias Vasconcelos levaram equipes da Polícia Civil à casa de um empresário na manhã deste domingo (8), em Ponta Porã - a 323 quilômetros de Campo Grande. Segundo informações preliminares, mandados de busca e apreensão foram cumpridos no local.
Conforme informações repassadas pela polícia, o empresário, identificado como Aduli Haidar, teria ligação com o comércio de cigarro no Paraguai, no entanto, os objetos apreendidos na ação não foram divulgados.
Os investigadores chegaram a Aduli Haidar após à prisão de Roderlei Alexandre Bernardino, de 39 anos - que aconteceu no dia 5 deste mês - apontado como gerente na facção chefiada por Sérgio de Arruda Quintiliano, o “Minotauro”, identificado pela polícia como o mandante da execução do policial civil, no dia 6 de março.
Até o momento, à força-tarefa formada pelas polícias especializadas do Paraguai e de Mato Grosso do Sul já prendeu seis suspeitos de envolvimento no assassinato de Wescley. Outros dois suspeitos morreram em confronto com a polícia durante as investigações do crime na fronteira do Estado.
Prisões - No dia 10 de março, Roney Marques de Souza e Kleber, conhecido como Klebinho, foram baleados durante uma troca de tiros com a polícia e morreram. No mesmo dia, foram presos Joaquim Vinicius Miranda Borges, de 24 anos, e Delton da Silva Santino, de 54 anos. Na data ainda foram apreendidos um fuzil AK 47 e uma pistola 9 mm.
Em 13 de março, Carlos Armoa Escobar, de 27 anos, foi preso pelo assassinato do vereador Cristóbal Machado Vera, em Pedro Juan Caballero. Teria sido o suspeito quem revelou à polícia informações que levaram à prisão do condutor do veículo em que os pistoleiros que mataram Wescley estavam. O nome do motorista não foi divulgado.
Edson de Lima, de 54 anos, foi preso logo em seguida como um dos autores do crime. O pistoleiro foi abordado pelos investigadores da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), no dia 26. Ele teria matado o investigador à mando de “Minotauro”.
Ele teria sido flagrado nas imagens das câmeras de segurança em um dos carros usados no ataque ao policial. A esposa de Edson, identificada como Antônia Aguiar Moreira Neto, de 29 anos, estava foragida e também foi presa na residência do casal na Rua Sauce do Bairro Obrero, em Pedro Juan Caballero. No local, foram apreendidos uma pistola 9 mm com quatro carregadores, um veículo Mercedes Benz, com placas do Paraguai e cinco celulares.
À última prisão foi de Roderlei. Natural de Umuarama (PR), o suspeito estava morando na Rua Poxoréu, no Bairro Coophafronteira, em Ponta Porã, quando foi encontrado pelos policiais. Mandante do crime, “Minotauro” continua foragido. Segundo as investigações, o suspeito também estaria usando o nome de Celso Matos Espindola.