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Capital

"Já haviamos desistido", diz irmã de idoso morto e enterrado por pedreiro

Assassino em série preso nesta sexta-feira confessou que matou Hélio Taíra, que estava desaparecido, durante discussão em obra

Marta Ferreira | 15/05/2020 16:20
Restos mortais de idoso morto em 2016 são colocados em carro funerário. (Foto: Kísie Ainoã)
Restos mortais de idoso morto em 2016 são colocados em carro funerário. (Foto: Kísie Ainoã)

A família de Hélio Taíra, uma das vítimas assassinadas e enterradas pelo "Pedreiro Assassino", Cleber de Souza Carvalho, 43 anos, já havia desistido de procurar a polícia sobre o sumiço dele. Já haviam se passado quatro anos depois da última vez na qual foi visto, em 26 de novembro de 2016, quando o idoso tinha 74 anos.

“Falavam que tava investigando toda vez”, afirmou ao Campo Grande News uma irmã dele. Ela não quis se identificar nem revelar a idade. Moradora no mesmo bairro onde os restos mortais de Taíra foram encontrados, debaixo de concreto, a idosa disse ter sabido dos fatos pela televisão.

Ainda em tom de descrédito, disse por telefone só acreditar na morte do irmão quando houver exame confirmando. “Até lá, para mim ele está vivo”.

Quatro anos atrás, quando Hélio Taíra sumiu, os parentes deram entrevista pedindo ajuda para procurá-lo.

O caso foi registrado na DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio) e apenas a camionete do idoso foi localizada à época, no bairro Mata do Jacinto, segundo reportagem da época.

Agora, a investigação de outro desaparecimento indicou um assassino em série, o pedreiro Cleber de Souza Carvalho, de 43 anos, preso nesta sexta-feira.

Conforme as investigações, Carvalho matou pelo menos cinco pessoas, e todos os cadáveres foram enterrados.

Hélio Taíra, que desapareceu em 2016 e foi assassinado por pedreiro que confessou cinco mortes até agora. (Foto: Arquivo da família)
Hélio Taíra, que desapareceu em 2016 e foi assassinado por pedreiro que confessou cinco mortes até agora. (Foto: Arquivo da família)

As apurações indicaram que Hélio Taíra foi contratado em obra na qual o pedreiro era o responsável, para serviço de capinagem. Houve discussão entre eles, por motivo ainda não informado, e a vítima acabou morta, com um pancada na cabeça, e enterrada na calçada lateral da casa, a meio metro de profundidade.

A família ainda não vai receber os restos mortais para os funerais. É preciso, ainda, que o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) confirme as identificações, embora o próprio assassino tenha confessado e mostrado onde enterrou as pessoas.

Hélio Taíra pertencia a uma família de 10 irmãos, sete deles vivos no momento.



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