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Capital

Jovem executado com 11 tiros tinha passagens por tráfico e homicídio

Em 2017, Leandro Gonçalves Martinez, de 23 anos, foi pego com 1 tonelada de maconha em Guia Lopes da Laguna

Anahi Zurutuza e Natália Olliver | 03/10/2022 17:40
Capsulas recolhidas no local em sacola de provas na mão de perito. (Foto: Kísie Ainoã)
Capsulas recolhidas no local em sacola de provas na mão de perito. (Foto: Kísie Ainoã)

Foragido do regime semiaberto, Leandro Gonçalves Martinez, de 23 anos, que foi executado com 11 tiros, na tarde desta segunda-feira (3), na calçada de uma casa, na Vila Aimoré, na região da Avenida Guaicurus, no sul de Campo Grande, teve o nome envolvido com o tráfico de drogas ao menos duas vezes. Ele também tem ficha na polícia por homicídio.

As passagens por causa do comércio de entorpecentes foram em 2017, em Guia Lopes da Laguna e em 2020, em Maracaju, de acordo com o apurado pelo Campo Grande News. O homicídio também aconteceu há dois anos, só que em Ponta Porã.

Leandro Gonçalves Martinez já havia sido processado pelo caso mais antigo. Em 18 de dezembro de 2018, foi condenado a 6 anos e 10 meses pelos crimes de tráfico de entorpecentes e receptação.

De acordo com a acusação, um ano antes, em 6 de dezembro de 2017, por volta das 4h30, Leandro, que conduzia um Toyota Corolla, fugiu de policiais rodoviários federais após receber ordem de parada no posto de fiscalização da corporação na BR-267. Ele estava na companhia de um adolescente. A dupla abandonou o carro com 1 tonelada de maconha e fugiu. Pouco tempo depois, contudo, os PRFs conseguiram encontrá-los num táxi com destino a Bela Vista.

Preso desde então, Leandro deixou o regime fechado e progrediu para o semiaberto em agosto deste ano. Ele tentava na Justiça o livramento condicional.

Em 2020, quando cometeu outros crimes, Leandro, provavelmente, também usufruía do semiaberto porque em abril, conforme apurado pela reportagem, ele era interno do o Centro Pena Agroindustrial da Gameleira, onde ficam os apenados no regime mais brando. Em agosto, ele estava na Penitenciária Estadual Masculina da Gameleira, ou seja, havia regredido para o regime fechado.

Momento em que bombeiros chegaram no local para os primeiros socorros e constaram os óbitos. (Foto: Direto das Ruas)
Momento em que bombeiros chegaram no local para os primeiros socorros e constaram os óbitos. (Foto: Direto das Ruas)

A morte – Quem executou Leandro efetuou ao menos 14 disparos de pistola 9 mm, de acordo com o Daniel Muniz da Silva, da Depac (Delegacia Especializada de Pronta Atendimento Comunitário) do Cepol (Centro Integrado de Polícia Especializada). Onze tiros atingiram o rapaz na cabeça, costa e braços e outros três foram parar no veículo da vítima, um VW Fox prata. Aparentemente, o jovem entrava na garagem de casa quando foi abordado.

Maria Gloria Martinez, uma das moradoras da Rua Fênix, onde aconteceu a execução, afirma que só escutou os tiros e quando saiu de casa, viu o rapaz caído no chão. Ela ainda não conhecida a vítima, que havia se mudado há pouco tempo para o local. Outra vizinha, que pediu anonimato, conta que além dos tiros, ouviu o barulho de um carro saindo em disparada logo em seguida. Ela também não testemunhou o crime.

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