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Capital

Juiz revoga prisões de operação contra tráfico em família, liderado por PM

Com o término das audiências do processo, a necessidade das prisões preventivas foi reavaliada

Aline dos Santos | 17/01/2020 08:06
A família exibia poderio financeiro, com patrimônio que incluía uma Ferrari.
A família exibia poderio financeiro, com patrimônio que incluía uma Ferrari.

A Justiça Federal revogou três prisões preventivas na operação Laços de Família, que foi realizada em 2018 pela PF (Polícia Federal). O alvo foi um grupo que atuava como máfia, com venda de drogas para a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e liderado por um policial militar.

Foram revogadas as prisões de Adriano Feitosa Machado, Jonathan Weverton Quadros Caraiba e Lizandra Mara Carvalho Ricas. Eles deverão se apresentar mensalmente à Justiça, ficam proibidos de deixar a cidade onde moram por mais de dez dias sem autorização judicial e não podem manter contato, presencial ou telefônico, com outros nove réus.

Com o término das audiências do processo, as prisões foram reavaliadas. Adriano Machado informou ser vigilante, mas conforme as investigações era motorista e segurança de Jefferson Molina. Ambos chegaram a ser flagrados em Assis, no interior de São Paulo, com dinheiro e joias.

Conforme a decisão da 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande, não existe prova sólida de que Adriano tenha se dedicado – ao menos efetivamente - “aos atos de narcotraficância que moviam e impeliam o grupo concretamente”.

Quanto ao preso Jonathan Weverton Quadros Caraiba, a investigação aponta que atuou como vendedor de droga no varejo, mas sem acesso aos grandes traficantes. Para a Justiça, a prisão preventiva também é medida excessiva no caso de Lizandra Mara Carvalho Ricas, ex-namorada de Jefferson Molina, assassinado em junho de 2017.

Segundo o processo, há indícios de que ela atuava concretamente nas finanças de Jefferson Molina, mas não evidencia com segurança, contudo, a atualidade de sua atuação na dianteira da cobrança, como se uma fosse espécie de "sucessora" ou quiçá uma embaixatriz dos negócios do namorado.

De acordo com as investigações da Polícia Federal, o policial militar Silvio César Molina Azevedo liderava um grupo que atuava com características de máfia em Mundo Novo, a 476 km de Campo Grande, e tinha relações comerciais com o PCC no tráfico de maconha. A família exibia poderio financeiro, com patrimônio que incluía uma Ferrari.

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