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Capital

Jurados se reúnem e sentença de réus na morte de vereador sai daqui a pouco

Fabiano Arruda e Nadyenka Castro | 24/02/2012 18:26
Julgamento dura mais de nove horas na 2ª Vara do Tribunal do Júri em Campo Grande nesta sexta. (Foto: Marlon Ganassin)
Julgamento dura mais de nove horas na 2ª Vara do Tribunal do Júri em Campo Grande nesta sexta. (Foto: Marlon Ganassin)

Após mais de nove horas de explanação entre acusação e defesa, os jurados iniciaram reunião, há pouco, na 2ª Vara do Tribunal do Júri em Campo Grande, e as sentenças dos réus Irineu Maciel, autor da execução do então presidente da Câmara Municipal de Alcinópolis, Carlos Antônio da Costa Carneiro, morto em 26 de outubro de 2010, na Capital, além de Valdemir Vansan, acusado de ser contratante do assassinato, estão prestes a serem anunciadas.

Os jurados respondem a sete quesitos sobre cada réu.

Antes, na tréplica da defesa, houve discussão entre o advogado dos réus, José Roberto Rodrigues da Rosa, e Ricardo Trad, que fez parte da acusação.

Eles se estranharam no júri por questões éticas da profissão e por conta do pedido de exame de delito após acidente com viatura da Polícia Civil, um dia após o crime, que transportava os réus e os deixou feridos.

Trad havia questionado a declaração de Rosa sobre o acidente ter sido motivado para encobertar os ferimentos dos réus, que disseram que foram torturados.

A defesa, então, respondeu que, por conta dos ferimentos, não pôde pedir o exame, mas que as justificativas estavam detalhadas em pedido de habeas corpus movido por ele.

O caso - O vereador Carlos Antônio da Costa Carneiro foi morto em próximo ao Hotel Vale Verde. Irineu foi preso em flagrante por policiais civis que passavam no local logo após o crime.

Ele foi levado ao local da execução na garupa da moto de Aparecido Souza Fernandes, que também foi preso, mas recorre para não ir a julgamento. A família sempre apontou o caso como um crime político.

Em julho do ano passado, foram presos três vereadores e o prefeito de Alcinópolis. Todos já estão em liberdade, mas o prefeito foi afastado e a prefeitura está sob o comando de Alcino Carneiro, que era vice.

Réus - Conforme a denúncia, Irineu e Valdemir agiram por motivo torpe, diante da promessa de receber recompensa, e utilizaram recurso que dificultou a defesa da vítima.

Ainda na delegacia, Irineu disse que receberia R$ 20 mil, sendo R$ 3 mil adiantados, pelo crime e que o revólver calibre 38 lhe foi entregue pelo cunhado. O acerto era para “fazer uma pessoa”, cujo nome foi repassado por Valdemir.

Em interrogatório diante do juiz, Irineu deu uma nova versão para o crime. De acordo com ele, o motivo foi vingança porque o vereador o teria humilhado. O pistoleiro também afirmou ser dono da arma utilizada na execução.

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