Júris decidem em agosto destinos de "Hulk" e Marcos, acusados de matar mulheres
Traficante réu por matar Graziele Quele e esconder em fossa e assassino confesso de Carla serão julgados
Dentre os 14 julgamentos programados para acontecerem em agosto pelas 1ª e 2ª Varas do Tribunal do Júri de Campo Grande, dois decidirão se réus por feminicídio são ou não culpados.
Além do crime brutal que vitimou Carla Santana Magalhães, de 25 anos, jurados vão analisar as circunstâncias da morte de Graziele Quele Ferreira Gomes, de 39 anos, segundo a acusação, assassinada pelo ex-namorado, Edson Firmo Camargo, também de 39, conhecido traficante, no Bairro Morada Verde, em Campo Grande.
O primeiro julgamento de feminicídio está marcado para 6 de agosto, a partir das 8h, no 2ª Vara do Tribunal do Júri. Edson Camargo, ou o “Hulk”, é acusado em processo que tramita em sigilo de matar a ex-companheira com golpes na cabeça e “enterrar” o corpo em fossa desativada, na casa ao lado a dele, onde funcionava boca de fumo.
Hulk responde ao processo junto com uma mulher acusada de ajudá-lo a esconder o crime. Segundo divulgou o TJMS, por meio da assessoria de imprensa, como ela está foragida, só o acusado de homicídio será julgado.
Graziele Quele foi encontrada morta em Rua Pintassilgo, no dia 1º de maio do ano passado. Segundo apurou a polícia, ela era constantemente agredida durante o relacionamento.
O ex-companheiro será julgado por homicídio qualificado por meio cruel, feminicídio, além de ocultação de cadáver e fraude processual.
Sexta-feira 13 - Réu confesso do brutal feminicídio de Carla Magalhães, Marcos André Vilalba Carvalho, 22 anos, vai júri popular no dia 13 de agosto, uma sexta-feira. Conforme decisão do juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos, o acusado vai se sentar no banco dos réus para ser julgado por homicídio qualificado por feminicídio, motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, estupro, vilipêndio (estupro após a morte) e ocultação de cadáver.
Carla despareceu na noite de 30 de junho do ano passado, no Bairro Tiradentes, em Campo Grande. A busca terminou em 3 de julho, num cenário trágico: o cadáver da jovem apareceu nu, na calçada de um bar, na mesma rua onde ela sumiu.
No dia 19 de julho, Marcos foi abordado por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar, que encontraram vestígios de sangue dentro da quitinete. Responsável pela investigação, a equipe da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) foi ao local e efetuou a prisão.
Em todo o tempo que foi ouvido, o assassino deu apenas uma suposta motivação: o fato de Carla não tê-lo cumprimentado durante encontro na rua de casa. Somente em juízo, Marcos admitiu o estupro. Ele está preso no Instituto Penal de Campo Grande.