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JULHO, QUARTA  17    CAMPO GRANDE 21º

Capital

Justiça dá 18 meses para Prefeitura equipar UPA Santa Mônica

Ação Civil Pública foi protocolada em 2017, um ano depois da inauguração da unidade

Por Fernanda Palheta | 09/07/2024 16:41
Pacientes aguardando atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Mônica (Foto: Henrique Kawaminami)
Pacientes aguardando atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Mônica (Foto: Henrique Kawaminami)

A Prefeitura de Campo Grande tem 18 meses para equipar a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Mônica com materiais e mobiliário mínimos obrigatórios para atendimento de urgência e emergência. O juiz da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Ariovaldo Nantes Corrêa, aceitou parte do pedido do MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul).

A Ação Civil Pública foi protocolada em 2017, um ano depois da inauguração da unidade. Na petição, o MPMS apontou que a UPA foi inaugurada sem a estrutura mínima para o atendimento 24 horas. “Constam a falta de equipamentos/mobiliários, falta de profissionais de enfermagem, falta de farmacêutico em determinados horários; além da absoluta inexistência de médico pediatra”, detalha o documento.

De acordo com o MPMS, a falta de equipamento prejudicava o atendimento desde a classificação de risco até o diagnóstico básico dos pacientes. Em 2018, quando a primeira vistoria foi feita faltavam aspirador portátil, cadeiras de rodas, bomba de infusão, termômetro clínico, desfibrilador/ cardioversor com monitor multiparâmetros e marca-passo, conjunto de ressuscitador manual, biombos, cadeira estofadas, mesa de refeição e mesa de cabeceira.

Diante do cenário, o Ministério Público pediu a regularização da equipe médica, de enfermeiros e técnicos de enfermagem, além da aquisição de equipamentos, mobiliários e materiais. O órgão destacou que na época o setor de radiologia não funcionava pois não tinha digitalizadora, que converte o exame em imagem disponibilizada para visualização no computador.

A Prefeitura de Campo Grande alegou que “a situação atual da UPA Santa Mônica é completamente diferente daquela indicada na inicial” e os materiais que ainda estão em falta “estão em processo licitatório para aquisição”.

Quanto aos médicos pediatras, o Executivo justifica que a falta de profissional é um problema nacional. “Não existem profissionais suficientes para atender demanda existente nesta Capital, não se tratando de problema local, mas sim de real diminuição de tais profissionais e da falta de interesse de atuação deles na rede pública de saúde”.

Em dezembro do ano passado uma nova perícia judicial foi realizada. Na última visita foi constata que a unidade está parcialmente munida com os recursos preconizados pela portaria do Ministério da Saúde e a quantidade médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem cumprem as regras que regulamenta a UPA.

Ainda faltam poltronas estofadas para os acompanhantes. Segundo a vistoria do último semestre de 2023, no lugar estão disponíveis cadeiras simples, de plásticos. O aparelho de raio X está com defeito e, segundo a Prefeitura, a peça que precisa ser trocada está em processo de licitação. Outro problema constatado foi a falta de medicamentos como tramol e amoxicilina.

Na sentença, o juiz reconhece que a Prefeitura sanou boa parte dos problemas apontados em 2017, mas “ainda não há o atendimento integral das normativas sobre a matéria, sendo que ora faltam materiais e equipamentos e ora falta mobiliário correspondente ao porte da unidade, o que deve ser corrigido”.

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